Uma pesquisa pela livraria Cultura e descubro que Geoff Dyer é um escritor obsessivo, que só escreve sobre o que ama. Escreve sobre yoga, fotografia, jazz, viagens e... surpresa, sobre o que para mim é o melhor filme de todos os tempos: Stalker, de Andrei Tarkovski. Pelo que eu li da resenha de Zona, Stalker impressionou profundamente Dyer, desde que ele o assistiu pela primeira vez. O mesmo ocorreu comigo ao assistir esse filme, em todas as quatro ou cinco vezes que o fiz_ fato que só encontra par em questão de impacto com outro filme de Tarkovski, Nostalgia, e 2001. De modos que me afigura imprescindível que eu leia este livro o mais urgente possível.
Tem a transcrição de uma conversa bem interessante entre o Geoff Dyer e o John Jeremiah Sullivan nesse link: http://blogcasmurros.blogspot.com.br/2013/07/uma-conversa-entre-john-jeremiah.html. Eles falam muito do Stalker e também dos irmãos Coen (no caso dos Coen, os comentários não são exatamente lisonjeiros).
ResponderExcluirCharlles, você já viu o filme Andrei Rublev, do Tarkovsky? É fantástico.
Maravilhoso, o Andrei Rublev. Aliás, Solaris também_ que foi o primeiro Trakovski que assisti. Mas nenhum mexeu tanto comigo quanto Nostalgia e Stalker, que não sei ao certo qual dos dois é meu preferido.
ExcluirGraças à nossa conversa no outro post, me pus a procurar os outros títulos de Dyer e achei este.
Vou lá ver o link.
Estou lendo o diálogo do Casmurros, Fabrício. Pô, muito bom! Obrigado.
ExcluirAinda não vi o Nostalgia, mas tenho cá comigo os arquivos do filme copiados da internet, para assistir em breve. Tive que piratear, claro -- locadora de filmes nenhuma em Florianópolis tem um filme desse tipo. Na verdade, até pouco tempo atrás, havia sim uma onde era possível achar Tarkovsky (em fitas VHS, claro; lembro bem da caixa de fita dupla do Stalker). Mas o dono se mudou para SP, levando consigo a locadora, infelizmente. Acho que a história é assim: ele era originalmente de SP, mas se mudou para cá para fugir de, bem, para fugir de SP [risos]. E morar na praia e sossego e coisa e tal. Mas ele não imaginava que aqui na província o público para o tipo de filmes que o negócio dele oferecia seria um pouco mais, digamos, restrito... Daí quando ele viu que a clientela dele não passava de umas poucas dezenas, acabou tendo que voltar para SP. Cruel, não?
ExcluirAcho que Stalker é meio preferido, um pouco a frente dos outros dois que eu vi (Solaris e Andrei Rublev).
Eis a única obsessão
ResponderExcluirque, efetivamente, vale a pena…
.
.
APOTEOSE
by Ramiro Conceição
.
.
Se não crês em mim tal qual amigo
então não me vês, mas um inimigo
que carregas dentro e que te devora,
que, a te furtar, está nesse teu agora.
Amar é não plantar carências…
Ah, essas farpas da existência!
Rascunhos são a nossa essência.
Dos fracassos se faz ciência.
Trocar amigos por inimigos
é do mar, com o mal, roubar o sal
no escuro d’estrelas embrulhadas.
Para provar que sou amigo, digo:
amar é crer… em nossa hipótese
e às cegas ver a nossa apoteose.
Eu estava para passar o link do bate-papo com Sullivan, mas chegaram antes, hehehe. Quero muito ler o Pulphead.
ResponderExcluirA segunda parte de Jeff em Veneza, Morte em Varanasi é muito engraçada. No outro post, com a foto de Monk, mandei o link para uma entrevista com ele, você viu?
Veja também essa crítica de James Wood.
http://www.blogdoims.com.br/ims/o-olhar-errante-de-geoff-dyer/
Muito obrigado, Paulo. Estou aprendendo muito aqui nos comentários.
Excluir