quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Nobel de Literatura Vai para o Chinês Mo Yan_ Alguém aí Já Ouviu Falar?



Tá bom, tá bom! Que bonito! Que politicamente correto! Um chinês! Tantas implicações políticas e econômicas! Mas de vez em quando a academia deveria pensar na promoção da literatura para as massas, principalmente nessa nossa época em que a literatura precisa mesmo de uma forcinha, em que os escritores precisam de um pouco do pecado do glamour das revistas de celebridades e do potencial de venda das empresas de publicidade. Um Philip Roth como laureado teria desencadeado discussões e atenções exageradas pelo mundo, um clima de festa, teria levado um sem número de possíveis leitores às livrarias; ou um Murakami. Mas não... taí o, coméquechama?, Mo Yan, que ninguém conhece e não vai despertar a atenção de ninguém, e tem tudo para ser esquecido rapidamente como o foi o ganhador do ano passado, que não me recordo o nome.

17 comentários:

  1. Puta merda, agora você terá que admitir que eu sou foda!

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    1. Sem contar o chinês do seu conto...

      É, você é foda!

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    2. Marcos Nunes escondendo todo esse tempo que é membro da Academia Sueca, isso sim.

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  2. "A biografia divulgada pelo Nobel afirma que, "através de uma mistura de fantasia e realidade, uma perspectiva histórica e social, Mo Yan criou um mundo com remanescência na complexidade de nomes como William Faulkner e Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo encontrando um ponto de partida na antiga literatura chinesa a na tradição oral.""

    "Nenhuma publicação de Mo Yan foi editada no Brasil até o momento"

    Agora a Companhia se esbalda, traduzindo para a nossa pobre e injustiçada língua portuguesa este grande autor chinês, merecedor do prêmio Nobel de Literatura, no lugar do imperialista yankee Philip Roth. E o Charlles resenhará para nós antes mesmo do lançamento, graças às suas conexões privilegiadas com a editora dos Schwarcz.

    =)

    É. Roth não receberá o prêmio. Problema do Nobel, então.

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    1. Esse acidente da Cia vai acabar logo, pois escrevi três resenhas sobre Os Enamoramentos na semana turbulenta de trabalho que tive, e todas me pareceram uma merda. Não que meus critério de auto-crítica tenham mudado, ainda que 99% dos post aqui eu jamais tenho coragem de reler, mas é que me pareceram, tais rascunhos, excessivamente sem alma.

      Dos escritores chineses conheço outro, apresentado a mim pelo prêmio. Li A Montanha da Alma, do Gao Xingjian, realmente de uma beleza estonteante.

      Sobre imperialismo... a troca pelo chinês não me parece ser muito diferente.

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    2. Publique, Charlles. Mesmo uma merda, ainda deve estar melhor do que o que tem por aí. É só por isso que falo dos livros que eu li. Sempre acho resenhas de chorar quando estou procurando pelas capas.

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    3. O Matheus Lopes está equivocado quanto a resenhar antes. Eles so mandam os livros depois do lançamento, salvo para os grandes jornais, para os quais mandam em PDF.

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    4. Foi uma brincadeira...

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    5. Entendi como brincadeira, só corrigi a informação. E Charlles, escreva!

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  3. Oh, que milagre! Que soberbas criaturas que se importam com os Nobéis de literatura. Oh, admirável mundo novo que tem tais habitantes!

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    1. Sempre que vejo esse tipo de depreciação penso que torcedor fanático por futebol o mundo perdeu quando eu errei aquele gol na única partida da qual participei, aos oito anos_ e o quanto fui fatalmente execrado por isso. Teria, hoje, a tatuagem do escudo de algum time, assim como meu vizinho o tem na panturrilha o escudo do Goiás. Sei lá, talvez também seria um tanto mais macho...

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    2. Não estou depreciando, estou realmente surpresa. Sou uma Miranda perto de vocês.

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    3. Não, não... Você estava tirando um sarro... Sou treinado a identificar esse tom desde quando usei minhas primeiras botinhas ortopédicas.

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    4. Que tal assim? Oh, que milagre! Que soberbas criaturas que se importam com os Nobéis de literatura. Oh, admirável mundo novo que tem tais habitantes! #surpresa #admirada #inveja

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  4. Bem pudera que a academia desse prêmios póstumos.
    Mas sinceramente, Charlles. Tá na cara que o Roth não é material palatável para a Academia. Ele nunca se encaixou no perfil dos laureáveis, e, salvo engano, o borburinho em torno da possibilidade dele ganhar o prêmio data de pelo menos uns 20 anos, não?

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    1. Acho que o Roth está descartado mesmo. Mas pense na ânsia do cara todo ano quando chega outubro. Se não me engano, foi o Garcia Marquez que disse que o melhor de se ganhar o Nobel é não ter mais que se preocupar com isso.

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    2. Mas seria uma lástima à literatura japonesa laurear Murakami tendo-se desprezado Mishima e Kobo Abe.

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