Tá bom, tá bom! Que bonito! Que politicamente correto! Um chinês! Tantas implicações políticas e econômicas! Mas de vez em quando a academia deveria pensar na promoção da literatura para as massas, principalmente nessa nossa época em que a literatura precisa mesmo de uma forcinha, em que os escritores precisam de um pouco do pecado do glamour das revistas de celebridades e do potencial de venda das empresas de publicidade. Um Philip Roth como laureado teria desencadeado discussões e atenções exageradas pelo mundo, um clima de festa, teria levado um sem número de possíveis leitores às livrarias; ou um Murakami. Mas não... taí o, coméquechama?, Mo Yan, que ninguém conhece e não vai despertar a atenção de ninguém, e tem tudo para ser esquecido rapidamente como o foi o ganhador do ano passado, que não me recordo o nome.
Puta merda, agora você terá que admitir que eu sou foda!
ResponderExcluirSem contar o chinês do seu conto...
ExcluirÉ, você é foda!
Marcos Nunes escondendo todo esse tempo que é membro da Academia Sueca, isso sim.
Excluir"A biografia divulgada pelo Nobel afirma que, "através de uma mistura de fantasia e realidade, uma perspectiva histórica e social, Mo Yan criou um mundo com remanescência na complexidade de nomes como William Faulkner e Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo encontrando um ponto de partida na antiga literatura chinesa a na tradição oral.""
ResponderExcluir"Nenhuma publicação de Mo Yan foi editada no Brasil até o momento"
Agora a Companhia se esbalda, traduzindo para a nossa pobre e injustiçada língua portuguesa este grande autor chinês, merecedor do prêmio Nobel de Literatura, no lugar do imperialista yankee Philip Roth. E o Charlles resenhará para nós antes mesmo do lançamento, graças às suas conexões privilegiadas com a editora dos Schwarcz.
=)
É. Roth não receberá o prêmio. Problema do Nobel, então.
Esse acidente da Cia vai acabar logo, pois escrevi três resenhas sobre Os Enamoramentos na semana turbulenta de trabalho que tive, e todas me pareceram uma merda. Não que meus critério de auto-crítica tenham mudado, ainda que 99% dos post aqui eu jamais tenho coragem de reler, mas é que me pareceram, tais rascunhos, excessivamente sem alma.
ExcluirDos escritores chineses conheço outro, apresentado a mim pelo prêmio. Li A Montanha da Alma, do Gao Xingjian, realmente de uma beleza estonteante.
Sobre imperialismo... a troca pelo chinês não me parece ser muito diferente.
Publique, Charlles. Mesmo uma merda, ainda deve estar melhor do que o que tem por aí. É só por isso que falo dos livros que eu li. Sempre acho resenhas de chorar quando estou procurando pelas capas.
ExcluirO Matheus Lopes está equivocado quanto a resenhar antes. Eles so mandam os livros depois do lançamento, salvo para os grandes jornais, para os quais mandam em PDF.
ExcluirFoi uma brincadeira...
ExcluirEntendi como brincadeira, só corrigi a informação. E Charlles, escreva!
ExcluirOh, que milagre! Que soberbas criaturas que se importam com os Nobéis de literatura. Oh, admirável mundo novo que tem tais habitantes!
ResponderExcluirSempre que vejo esse tipo de depreciação penso que torcedor fanático por futebol o mundo perdeu quando eu errei aquele gol na única partida da qual participei, aos oito anos_ e o quanto fui fatalmente execrado por isso. Teria, hoje, a tatuagem do escudo de algum time, assim como meu vizinho o tem na panturrilha o escudo do Goiás. Sei lá, talvez também seria um tanto mais macho...
ExcluirNão estou depreciando, estou realmente surpresa. Sou uma Miranda perto de vocês.
ExcluirNão, não... Você estava tirando um sarro... Sou treinado a identificar esse tom desde quando usei minhas primeiras botinhas ortopédicas.
ExcluirQue tal assim? Oh, que milagre! Que soberbas criaturas que se importam com os Nobéis de literatura. Oh, admirável mundo novo que tem tais habitantes! #surpresa #admirada #inveja
ExcluirBem pudera que a academia desse prêmios póstumos.
ResponderExcluirMas sinceramente, Charlles. Tá na cara que o Roth não é material palatável para a Academia. Ele nunca se encaixou no perfil dos laureáveis, e, salvo engano, o borburinho em torno da possibilidade dele ganhar o prêmio data de pelo menos uns 20 anos, não?
Acho que o Roth está descartado mesmo. Mas pense na ânsia do cara todo ano quando chega outubro. Se não me engano, foi o Garcia Marquez que disse que o melhor de se ganhar o Nobel é não ter mais que se preocupar com isso.
ExcluirMas seria uma lástima à literatura japonesa laurear Murakami tendo-se desprezado Mishima e Kobo Abe.
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