Um olhar desviado da trilha batida, um ódio à brutalidade, uma procura de novos conceitos ainda não abarcados pelo modelo geral, é a última esperança para o pensamento.
(Minima Moralia)
Adorno sobre o jazz:
ResponderExcluir"O objeto do jazz é a produção mecânica de um momento regressivo, um simbolismo da castração. O sujeito que se expressa (pelo jazz), expressa precisamente isto: não sou nada, sou sujo, e mereço qualquer coisa que façam comigo. Potencialmente este sujeito já se tornou um daqueles russos acusados de um crime e que, embora inocente, desde o inicio colabora com seu perseguidor e é incapaz de encontrar um castigo severo o bastante".
Hum...
Hahahahaha, sacanagem do Milton!
ResponderExcluirO problema é que quando o desvio se torna meta e contém, em segredo de polichinelo, conceitos Há muito abarcados e que atendem pelo nome de preconceitos; temos então coisas como o recente Guia Politicamente Incorreto da América Latina.
ResponderExcluir...e realmente eu sou incapaz de encontrar um castigo severo o bastante para quem gosta de jazz. Talvez um Método Ludovico (da Laranja Mecãnica), com imagens de filmes do Woody Allen somados com a audição dos discos de Ray Coniff?
De fato, li um texto intitulado "Sobre música popular", do Adorno, de arrepiar. O trecho citado pelo Milton Ribeiro deve ter sido extraído desse texto.
ResponderExcluirConsta que a mãe do Adorno era cantora lírica e sua irmã, pianista. Ele estudou música clássica etc e tal. Quanto ao "ódio à brutalidade" como última esperança para o pensamento, segue trecho da biografia do sujeito só para esculhambar um pouco mais...
"Próximo de sua morte, em 1969, Theodor Adorno se envolve em uma polêmica com seu companheiro e amigo da Escola de Frankfurt, Herbert Marcuse, por não ter apoiado os estudantes que, em 31 de janeiro daquele ano, interromperam sua aula, tentando continuar, dentro do Instituto, os protestos que tomavam as ruas das capitais da Europa. Adorno chamou a polícia. Marcuse se posicionou a favor dos estudantes e, em uma série de cartas, repreendeu e criticou severamente o amigo, dizendo de maneira clara que "em determinadas situações, a ocupação de prédios e a interrupção de aulas são atos legítimos de protesto político (...) Na medida em que a democracia burguesa (em virtude de suas antinomias imanentes) se fecha à transformação qualitativa, e isso através do próprio processo democrático-parlamentar, a oposição extraparlamentar torna-se a única forma de contestação: desobediência civil, ação direta".
Fábio Carvalho
O marcos conseguiu discordar de ambos? hehehe
ResponderExcluir[teu texto tá lá, mnunes]
Vocês leram isso aqui?
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-59/historia-pessoal/minha-dor-nao-sai-no-jornal
arbo
Legal, Arbo/Rômulo. Então, pra quem quiser ler, tá lá em:
ResponderExcluirhttp://impedimento.org/2011/08/31/miguel-nicolelis-intelectuais-e-vira-latas/
Estou pra lá de ocupado hoje, por isso vou responder à provocação do Milton.
ResponderExcluirSe fosse contar por essas opiniões, eu não gostaria do Camus, que foi jogador de futebol, e nem de uma série de artistas homossexuais que não professam meu gosto pelo sexo oposto.
Camus foi jogador de futebol? Não gosto de jogadores de futebol, mas no Camus essa característica ficou tão interessante! Ai, Camus...
ResponderExcluirSe isso muda alguma coisa, Caminhante, foi goleiro. Entendia muito da queda [fraca do dia].
ResponderExcluirarbo
Hahahahahaha, Arbo! Ainda tinha um condicionamento físico, tá?
ResponderExcluirMais lembranças: Vladimir Nabokov também era goleiro. Escreveu, inclusive, um texto sobre as características da posição e as reflexões que a afligem. Acho que é a melhor coisa que ele escreveu.
ResponderExcluirMinha dissertação de Mestrado versou sobre Adorno; o título era "O Rabo do Rato - Literatura e Indústria Cultural". O rato era a indústria, o rabo a literatura; o rabo segue o rato, mas às vezes se mexe como que independentemente do corpo do rato, mas é só ilusão: o rabo também é o rato. Em síntese, era isso, sustentado pela Dialética do Esclarecimento e bibliografia afim. Lá se foramn 15 anos (ou mais?). Sem saudades. O pesado humor adorniano nos indispõe contra tudo, e quando se é mais jovem sua influência produz alguma sociopatia. O que não é de todo ruim, no entanto.
ResponderExcluirHá muito tempo você tem lido meus textos? Caramba! Não imaginava ter um intelectual entre meus leitores.
ResponderExcluirabraço
Ju
Charlles,
ResponderExcluireu tentei encontrar o seu email para obter uma informação de ordem, digamos, veterinária, mas não encontrei. Vou enviar o meu pedido por aqui mesmo. Eu já sei, pelas leituras de seu blog, que você é veterinário. O caso é o seguinte: eu tenho uma linda gatinha siamesa, eu a criei alimentando-a com uma chuquinha, porque a pobrezinha foi rejeitada pela mãe. Agora, adulta, apareceu uma coceira estranha no corpo dela: na ponta do nariz, nas orelhas, na articulação de uma das patas, na ponta do rabo. Ela se coça toda, o pelo cai. Não come quase nada, só bebe água. Na sede de nossa mesorregião, a consulta com um veterinário está a cento e cinquenta. Minha irmã cogitou de soltar a bichinha numa estrada deserta. Pode indicar algo? (Charlles, depois apague o comentário.)
Obrigado,
Milton, minha especialidade é a fiscalização de abate, e tenho pouca experiência em pequenos animais (cães e gatos, propriamente). O caso é que fica um pouco impróprio aventar um diagnóstico sem o exame clínico direto da gatinha. Pode ser uma micose, devido ao aspecto e aos locais das feridas, e pode ser ligado a deficiências alimentares, imunosupressão, etc. Tomo o máximo de cuidado quanto a estas afecções com o meu cão, o Miles, o que envolve não deixá-lo em contato com animais suspeitos. O que recomendo, de agora, é uma higienização profunda nos locais onde a gata fica, qualquer pano e brinquedo que ela use, pois a retro-contaminação começa no ambiente. Há um forum excelente especificamente sobre gatos, com atendimento on-line de veterinários especializados, aqui:
ResponderExcluirhttp://www.ciadogatopersa.com.br/forum2/viewtopic.php?id=2537
Poderá ajudar, e muito. Mas, Milton, pelo amor de Deus, não abandone a gatinha. O problema requer muito cuidado e disciplina_ e paciência (geralmente demora mês para a cura completa). Me mande notícias, depois.
Abraço.
Meu email é: charllesfaulkner@bol.com.br
ResponderExcluirOntem o Kasparov (maior enxadrista vivo?) esteve em Porto Alegre. Me surpreendi com uma apresentação muito interessante. O cara não se contentou com a posição confortável que conquistou junto com os campeonatos e as vitórias no xadrez. Foi fazer política na Rússia, oposição a Putin, coisa muito mais difícil que fazer oposição a Lula ou FHC, certamente.
ResponderExcluirarbo
Escrever no blog que é bom nada, né?
ResponderExcluirHERE COMES THE SUN
ResponderExcluirby Ramiro Conceição
A George
Dizer adeus não quer dizer
necessariamente… adeus.
Pode significar que o amor foi sonhar
pra retornar mais bonito quando o dia
mais sincero voltar… a guiar.
Pode querer dizer que a escuridão
se fez necessária pra se ver melhor
uma obscurecida estrela guia.
Precisa-se morrer muitas vezes na vida
pra que nasça a última vez… definitiva.
PS:
i) http://www.youtube.com/watch?v=tbMCjuHsT7A;
ii) um beijinho pra você, Charlles, mas já dei a priori pro Milton;
iii) sou um prostituto poético, na internet.
iv) logo, sou cada vez mais dono da minha vontade;
v) talvez eu seja um protozoário ou um proto ser livre da vontade?
=)
ResponderExcluirpô
ResponderExcluirarbo