Pareceu uma cena de Pynchon: por volta das 10 da manhã de hoje, sábado, um homem bate à minha porta com um pacote em mãos. Uma encomenda da Cia das Letras para mim, entregue por uma outra empresa privada de correspondência, que não era os Correios. Não sabia que existem tais expedientes, e entregas nos fins de semana. Os livros do pacote são esses da foto: Jerusalém, a Biografia, de autoria de Simon Sebag Montefiore, altamente recomendado por ser o autor de duas excelentes biografias de Stalin; e o aguardadíssimo A Morte do Pai, de Karl Ove Knausgard. Estou ocupado a ler o Mishima que o amigo Luiz Ribeiro me mandou do Canadá, e logo, parto para esse romanção norueguês.
O carteiro daqui da minha cidade sabe que eu sempre compro livros pela internet e sabe que sou ansiosa, portanto logo quando chegam as caixas ele vem trazer. Um amor de pessoa!
ResponderExcluirFaz duas semana que durmo ao de 2666, Nêmesis, Coração tão branco, um Tanizaki, um Mia Couto, O monte do Mau Conselho e Neve do Orhan Pamuk Ainda estou sob o impacto de O cheiro do Ralo. Enquanto não os leio (tô lendo Muito Além do Nosso Eu do Miguel Nicolelis e Alive, sobre os sobreviventes dos Andes) abro uma ou outra página e imagino o que todos esses livros vão me dizer.
Ana Paula Rocha
Ana Paula,
ResponderExcluirTanizaki!! Que felicidade encontrar um outro leitor brasileiro que lê Tanizaki.
Naomi? Irmãs Makioka? Contos?
"A vida Secreta do senhor de Musashi e Kuzu".
ExcluirMe encantei pelos japoneses quando li "Eu sou um gato" do Natsume Soseki. Volumoso e fantástica (apesar do tédio de algumas partes). Ouvi só elogios sobre "Irmãs Makioka"; lerei em breve. Pela sua foto, você é um admirador de Mishima, né?
Ana Paula Rocha
Ana,
ResponderExcluirFazem uns bons anos que eu entrei nessa "fase Japonesa."
Mishima é o meu Dosto japonês.
Do Tanizaki eu li o Há Quem Prefira Urtigas e os Sete Contos Japoneses, incluso aquele conto maravilhoso, O Tatuador (já ouviu falar dele?). Não li Irmãs Makioka ainda. Mas dizem ser o grande livro do Tanizaki.
O Soseki é o grand-daddy da guinada moderna da literatura Japonesa. Não li o Eu sou um Gato por falta de oportunidade. Mas tive momentos muito felizes com o Kokoro e Botchan (que é aliás engraçadíssimo).
Não tinha ainda ouvido falar desse conto. Até agora o que ouvi sobre o Mishima não me instigou tanto a lê-lo. Pensarei duas vezes antes de me negar um Mishima.
ExcluirAna Paula Rocha
Devo agradecer o Luiz pela persistência comigo quanto ao Mishima, Ana. Estou lendo O Templo do Pavilhão Dourado e adorando.
ExcluirCosac com descontos de até 50%
ResponderExcluirhttp://editora.cosacnaify.com.br/Loja/SubHomeSecao/506/Especial-Literatura.aspx
Eu estava pensando justamente sobre a Cosac ontem. Percebo que muitas das resenhas que você posta aqui Charlles são de livros da Cia. Eu ensaio comprar uns livros fantásticos editados pela Cosac há algum tempo só que, de tanto ir no blog da Cia., acabo comprando os livros de lá. E não dá pra negar que as edições da Cia. são muito bonitas, capas lindas. Quando vejo as do selo Benvirá, da Objetiva, Leya, me dá uma tristeza...
ResponderExcluirAna Paula Rocha
Olá Charlles,
ResponderExcluirSó pra te dizer que resolvi me dar de presente O mestre e a Margarida de aniversário.
O que posso dizer, acho que sou uma pessoa extremamente influenciável hehe. Sua empolgação acerca do(s) livro(s) me contagia - acabei comprando O legado de Humboldt.
Bom saber disso, Carinav. Trocando influências. Eu ganho muito mais com as indicações dos comentaristas do blog. Grandes presentes esses que você está se dando.
Excluirhttp://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/1283472-com-houellebecq-musicos-e-arquitetos-flip-sera-menos-pop-e-mais-cabeca.shtml
ResponderExcluirTaí a programação da FLIP.
Grande Charlles.
ResponderExcluirIntrigado com o teu interesse repentino em Jerusalém.
Vais fazer a excursão à Terra Santa com o Malafaia?
;)
Esse livro não está me deixando terminar as 80 páginas do Mishima. Como temos a propensão inexorável em venerar e seguir assassinos! A história de nossa espécie até agora foi a história de uma escravidão sequenciada, ditada por nossa estupidez e covardia. É disso que esse livro fala. Malafaia é fichinha perto de seus mestres psicopatas e pervertidos. Um livro desses tem uma força bem maior de distanciar o leitor da religião do que os livros de Dawkins e Sagan.
ExcluirMas hoje me ocupei bastante com o Mishima. Tem uma linha de coerência entre essa biografia de Jerusalém e os discursos do Kashiagi sobre a piedade filistina diante a deformação.
O monge de pés deformados Kashiwagi de Mishima é de uma maldade tão elementar como aquela que vez ou outra aparece em Dostoievski. Seria interessante revisitar esse personagem. Cada um dos discursos dele são um universo auto-contido no romance. Há esse que você cita sobre a piedade na deformação. Mas há também outros, talvez um pouco mais fundamentais, onde maldade e bondade são invertidos Nitzscheanamente.
ResponderExcluirJerusalém se tornou kitsch por culpa dos evangélicos. Se nem Judeus, Cruzados, Sionitas e Mulçumanos conseguiram por um fim na cidade, os evangélicos enfeiaram-na com seu pietismo piegas.
Nietzscheanamente
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