terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Fofoca



Um amigo poeta recentemente expulso de um blog me manda um e-mail em que se mostra desconcertado. A mesma mulher que o expulsou do blog do marido, lhe manda agora e-mails em que lhe pede gentilmente o favor de lhe apoiar em sua candidatura para a vaga de deputada em um país europeu. Essa coerente senhora lhe pede que divulgue o máximo possível a sua candidatura a uma vaga para a câmara do legislativo europeu entre os emigrantes e brasileiros com cidadania dupla, com uma simpatia plástica tão típica de candidatos políticos e excessivamente conhecida de todos nós brasileiros, que me serve como um despertador das consequências históricas que tal classe maleável de seres humanos vem provocando no imaginário nacional carregadas de hipocrisia e interesses meramente egoístas. Tal candidata, ao expulsar tal poeta do blog, usou de um linguajar tão cheio de ódio, tão gratuitamente maléfico, que é compreensível que tal poeta se espante diante a mudança extraordinária de tom na subitamente piedosa solicitação de apoio. Comparei as palavras utilizadas em um momento e outro, e repito-as abaixo para melhor degustação do bipolarismo clínico do quadro. Quando a candidata defenestra o poeta do blog, suas palavras são as seguintes:

1. "Torravas paciência de todos com poesia agora vens incomodar com grosseria? Se não te agrada cai fora."

2. "Quem sabe assim X (o dono do blog) se convença a bloquear este fastidioso estorvo como peço há tempos…"

Notem que o grito bairrista de "cai fora", e o epíteto de "fastidioso estorvo", são dirigidos ao poeta. Agora, para a devida apreciação, mostro a metamorfose provocada pelo interesse pessoal e pela necessidade de aparentar equilíbrio racional irretocável que retira a candidata de seu casulo de baile funk e a fantasia da mais doce e bem intencionada borboleta política, nas palavras do e-mail que ela manda ao poeta. Segue:

1. "Estou contatando todos os amigos aqui no Facebook e pedindo para que me ajudem numa tarefa árdua. A de multiplicar uma informação que é essencial para mim e para toda a comunidade europeia do Brasil."

2. "Mesmo que você não seja europeu, peço que compartilhe esta mensagem. O Brasil tem 30 milhões de descendentes residentes e destes, 288 mil votam. Algum deles deve ser seu amigo. Estes europeus do Brasil podem eleger até 4 Deputados e 2 Senadores."

Não é uma beleza? Eu sempre me emociono com esse tipo de contato direto com uma fauna com características comportamentais tão bem evidenciadas. O problema maior desse tipo de gente é a falta de uma visão lúcida quanto a si mesma; a bajulação e o orgulho pessoal obnubila a realidade que a cerca. Muito provavelmente já se acha vitoriosa por antecipação devido à potência de sua roupagem bondosa, de sua cadência de fala tão reconfortante. Ela não sabe, por exemplo, os apelidos que lhe deram tanto pelo seu ataque ao poeta como por sua falta geral de humor apresentada no blog do marido; não sabe dos e-mails representativos que recebi, ao ter tomado a defesa do poeta, em que os autores dos e-mails expressam suas impressões reflexas ao destempero da candidata de uma maneira que, bem, é possível dizer que não erguerão um dedo divulgando tal candidatura. Não porque esse meu blog tenha alguma permeabilidade, mas pela própria imprevidência da candidata ter mostrado as garras no blog do marido, que tem cerca de três mil visualizações por dia.

P.S.: tenho uma forte veia montaigniana, como podem ver com clareza os que acompanham os textos confessionais que publico nesse blog. Montaigne escreveu ensaios que falavam de tudo sobre si mesmo, desde suas urticárias espirituais às suas convoluções intestinais. Me tocou muito na juventude ler Whitman condenar a impostura das relações sociais urbanas como "a vida que se exibe", de "pessoas que falam de tudo, menos de si mesmas". Aqui eu falo de mim mesmo, ainda que uma parte pequena de fantasia procure espontaneamente esconder alguma privacidade que só não é exposta por reservas quanto às possibilidades de intrusão ilegal típicas da internet_ não uma defesa contra os que comentam aqui. Ontem recebi um longo e-mail de um dos frequentadores desse blog, em que ele diz ter certa inveja de alguém como o Marcos Nunes e sua metralhadora que dispara_ com conhecimento satisfatório_ contra tudo (menos, pelo que vi, contra seu estranho objeto sagrado, Virgínia Woolf_ remendo meu). Esse amigo_ o do e-mail_, mostrou a preocupação de se incomodava nos comentários no blog, ao que eu pedi para que ele se soltasse mais e ficasse absolutamente tranquilo, e que quando lhe passasse pela cabeça estar escrevendo algo "por fora" de tudo, se atentasse à porforisse total dos textos do dono do blog. Este amigo disse detestar Hobsbawn, que desejara descer o malho no post em que eu elegiava o defunto, mas que não o fez em respeito à minha admiração pelo historiador. Revelou o receio de que eu tivesse que proibi-lo quanto a isso. Esse é um pequeno blog, tem poucas visualizações, mas aqui é permitido tudo;  nunca fui testado com a trollisse pesada que vejo em outros blogs, mas julgo que mesmo nesses extremos, jamais fecharia a caixa de comentários ou censuraria alguém (a não ser, talvez, se a coisa fosse muito doentia). E eu não sou santo, não sou o Sidarta da ponderação, já quebrei o pau aqui com alguns comentaristas, mas não sou sistemático e nunca, jamais, guardo mágoas. Mantenho a passionalidade de adeptos de um pecado, e nesses termos que me permito responder combativamente na defesa das idiossincrasias que a mim se apresentam mais peculiares desse pecado. E no mais, a literatura é muito trivial para se indispor definitivamente por ela. Fui convidado a me transferir para uma plataforma que me ofereceria dez mil visualizações por dia, mas recusei, primeiro porque meu objetivo nunca foi o de ser blogueiro, isso aqui tem uma perpétua qualidade de passageridade; segundo, porque antevi que mais cedo ou mais tarde, aderindo ao convite, eu os obrigaria a exercitarem suas gentilezas em me apontarem a porta da saída. 

29 comentários:

  1. Eu tenho inveja de quem consegue ler sem nenhum problema textos nessas letrinhas tão pequenas.

    Isso é como dizem os comentaristas de futebol, uma coisa é uma coisa (execrar publicamente um poeta impertinente) e outra coisa é outra coisa (pedir a esse mesmo poeta apoio para uma relevante causa política. E bota relevante nisso).

    Vê se consegue saber se essas vaguinhas para deputança e senadorança rendem alguns caraminguás. Ou será serviço comunitário do gênero que se oferece como pena alternativa a detratores de poetas?

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    1. Não me meto mais nesse assunto. Aliás, não tenho nada a ver com isso, e não cultivo nenhuma curiosidade sobre as investiduras do cargo. Só vi aí uma necessidade das ironias e de uma certa peculiar justiça das interações sociais que cobraram um post.

      Aliás, perdi uma amiga virtual com esse assunto (o número de "seguidores" aí embaixo diminuiu de 46 para 45), tudo porque não aceitei sua teoria de que minha motivação nessa banalidade fosse ancorada na mais amadora das visões freudianas sobre recalque e complexo de inferioridade. (No estilo: defendestes esse seu amigo poeta e doutor e viste nisso uma discriminação geográfica dos ofensores por VOCÊ se espelhar nesse poeta, por VOCÊ viver num estado periférico e patati e patata.)

      Estou pensando em trocar o nome desse blog para "Caldeirão de Paixões". Se a poesia em geral tivesse essa potência combustível toda, o que eu poderia desejar é que tal poeta causador disso tudo tivesse uma morte digna e condizente por uma dessas doenças líricas parnasianas_ mas sua idade já avança para uma saudável velhice imbatível.

      Fechando com uma literatice típica: me faz lembrar do narrador de O Lobo da Estepe, mirando o busto de Goethe e condenando-o por ter chegado além dos 80 anos.

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    2. É, uma espinafrada de leve tá valendo. E tá encerrado o assunto.

      Conte 44 seguidores; tem um cara lá em baixo que aparece duas vezes.

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    3. Que merda, é verdade! Não posso alegar dupla personalidade pois aí estaria no mesmo gênero de freudianismo chinfrim.

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  2. Confesso que no geral, não sou apreciadora de blogs (apesar de esquizofrenicamente procurá-los aos montes; vai enteder), pois com o boom da internet e esse monte de gente escrevendo achando que é o novo James Joyce, narrando ad infinitum seus sofrimentos, compras, o step do carro que sumiu etc. me parece demasiado narcisista. Mas sem demagogia, tô gostando desse blog. Quem diria que um link num comentário do blog de uma editora iria me trazer tantas coisas boas...



    Realmente, tem gente aqui que por vezes me deixa um tanto constrangida por falar de filósofos, escritores, teóricos e o diabo a quatro que eu nunca li (mas é um constrangimento construtivo. Acabo procurando saber sobre essas pessoas pra estar por dentro do assunto.). Fico imaginando se se vocês soubessem minha idade isso faria com que vocês tivessem um novo olhar sobre o que eu comento aqui.

    PS¹: Charlles, "Caldeirão de Paixões" é simplesmente um nome terrível. Parece título de romance chik-lit vendido em banca de jornal (já que você nos concedeu liberdade pra escrever aqui...cá estou).

    PS²: Você bem que poderia repassar o nome da pretença deputada né?

    Ana Paula Rocha

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    1. Estamos pensando em mudar o nome para "Pletora de Pathos"

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    2. Tu falou em outro post q guria nova, Ana. Eu tou com 29 e já ganhei a meia-idade aqui, suponho. hehe
      [caldeirão das paixões foi uma ironia. marcos nunes poderia ser o homem querendo virar mulher, charlles, isso dá ibope. o nome dela, no episódio final, poderia ser raquel.]
      qto ao número de seguidores, creio q eu, por exemplo, não estou contado (não tenho "login"...)

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    3. Acompanhava os comentários do Charlles (e do Marcos, do Poeta, Caminhante etc.) e quando ele resolveu fazer o seu blog favoritei de imediato.

      E esse seu segundo parágrafo, Ana, poderia ser meu também.

      Espero que ele continue por muito tempo pipocando nomes e livros por aqui. Agradeço demais ao Charlles por instigar-me a ler Faulkner, por exemplo, e tenho certeza que outras pessoas também agradecem.

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  3. Pletora de Pathos... mas se ao menos a fofoca fosse assim... mais grega... envolvendo de repente filicídios ou a ocasional paixão da madrasta pelo enteado...

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    1. Hehe. Eu me corrijo. É grega sim, ainda que dentro das suas proporções. Pobre do nosso Homero. Expulso da República ideal pela Ateniense nenhum um pouco anônima...

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    2. Ana, obrigado pelo elogio.

      Não seria de bom tom citar nomes. Vamos deixar isso de lado.

      Supus sim que você deva ser bem nova. Ótimo ver seu interesse por leituras e sua inteligência apurada.

      Sobre se deparar com tantos nomes de ilustres escritores e artistas desconhecidos para você, me recordo que, na minha juventude, isso foi um dos instigamentos a que eu fosse atrás de livros, tanto que a maior parte de meus autores preferidos me foi apresentada quase que por acaso, em rápidas conversas e "ouvi dizer". Caso de Faulkner, por exemplo, e de Bellow.

      Hoje a internet ajuda que é uma beleza. Estou lendo um livro chamado "Sobre Fotografia", da Susan Sontag, e a cada um dos inúmeros nomes que ela cita de fotógrafos, desde Fox Talbot e Cartier-Bresson, eu corro ao Google imagens.

      Mas se trata de uma brincadeira. Caldeirão de Paixões seria terrível, teria que ter legenda e dublagem não sincronizada do espanhol mexicano.

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    3. μηνύεται δὲ καὶ νοῦς ἕτερος αἰνιγματώδη λόγον ἔχων τὸν διὰ συμβόλων• σύμβολα δʼ ἐστὶ τὰ λεχθέντα φανερὰ ἀδήλων καὶ ἀφανῶν

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    4. που τρίβονται απαλά τα δάχτυλα των ποδιών του και κάνοντας το πρόσωπό βαθιά ικανοποίηση

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    5. [googletradutor] fala em Júpiter. Gregos sempre falando nos astros...

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  4. "perpétua qualidade de passageridade"
    gostei do perpétua

    me surpreendeu esse post (não por o ter escrito, mas pelo acontecido - tenho 99% certeza dos nomes, tá mto na cara).

    vou lá no blog do marido ver pra crer, mas já digo aqui ao poeta q "tamo junto". a priori. (quanta poesia)

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    1. Ficou estranho mesmo, "perpétua" com "passageridade". Acho que essa última palavra não deva existir nessa forma, o corretor do meu computador falta gritar.

      Eu nunca vou conseguir efetivar meus planos de mudança e ponderação pessoal. Um amigo me perguntou por e-mail se esse texto (esse texto banal) não iria sepultar definitivamente minha amizade com o blogueiro. Espero que não.

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    2. Por favor, charlles, gosto é qdo os gritos do corretor não chegam aqui. (como os gritos da corretora aportaram acolá). só louvei o perpétua, q não quero ver tão perto o fim desse blog.
      aquele vídeo dos pássaros foi ótimo, e ainda teve q ser explicado!

      qto ao blog (lá), me ganhou no tempero da tríade, poeta, charlles e marcos nunes (com seus minicontos improvisados, q um dia hão de voltar; q seja aqui).

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    3. Há uma forte memória afetiva aí. Desde de 2008, se não me engano. Recordo com saudade desse tempo lá no blog. Mas que merda, porque sempre vamos deixando de ser ternos e espontâneos para virarmos sérios, cheios de melindres.

      Esse filme dos pássaros é um dos preferidos por minha filha, daí ter me lembrado deles.

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    4. Tem que ter cuidado. Se te expulsam de blog por poema em post de mulher pelada, imaginem o que podem fazer com teu processo de cidadania.

      Políticos. Cansado de conviver com eles e suas atitudes todos os dias - até na internet!

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    5. "só louvei o perpétua, q não quero ver tão perto o fim desse blog."

      Idem. Nem que eu tenha de pagar pro Charlles escrever. É melhor do que a maioria das revistas mesmo.

      "qto ao blog (lá), me ganhou no tempero da tríade, poeta, charlles e marcos nunes (com seus minicontos improvisados, q um dia hão de voltar; q seja aqui)."

      Também.

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    6. Faço minhas as suas palavras acima: é difícil conviver com eles.

      Obrigado, Matheus.

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  5. Tem gente que vai no Google quando a Susan Sontag cita um fotógrafo. Já eu vou atrás do nome omitido na fofoca (foi bem gratuita a joelhada da dona candidata que pretende representar a Sul América nas Oropa). Que ela seja eleita e faça seu discurso de posse em versos alexandrinos para depois descobrir que a suposta grosseria do poeta é fichinha nas festas bunga-bunga.

    E claro que já estou quase seguro sobre a autora da tal leitura freudiana que fez o blog perder seguidora e que culminou com a ruptura de uma amizade virtual. Não entendo essas coisas sem um novo começo de era com gente fina, elegante e sincera (copyright Lulu).

    Eu adoro fofoca, como se vê. Tenho uma memória absurda para coisas inúteis. E quanto mais se omite, ou se tenta omitir, maior a minha curiosidade. Sou incorrigível. Na "vida real", eu sou sempre o último a saber das fofocas - e quase sofro quando vou contar um causo que todo mundo já conhece, especialmente os sexuais irrealizados ou realizados à meia boca.

    Acho que não sei guardar segredos.

    Fábio Carvalho

    P.S: E vida longa ao Charlles, que não mora num estado periférico, ora, mas bem no centro do país.

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  6. Salve.

    Há tempos não paro aqui, só soube agora da expulsão do poeta. Não visitarei mais o tal site, que se chutou uma pessoa tão boa não quero imaginar o que faria comigo.

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  7. Alguns esclarecimentos:
    * O poeta nunca foi expulso.
    * Era eu quem ouvia as reclamações em casa.
    * Não falei pelas costas como você, falei com ele.
    * Foi pedido, incontáveis vezes para ele parar de usar o campo de comentários para suas publicações pessoais.
    * Na época mais pessoas se manifestaram pedindo que parasse.
    * Você está descontextualizando frases.
    * Você nunca se perguntou porque, se ele sentia-se "agredido" seguia sendo meu "amigo" no face?
    * Sendo assim o deslize do e-mail enviado teria culpa concorrente?
    * Não levo mais em consideração opiniões permeadas pelo ódio.

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  8. * retificando: não foi um e-mail mas uma mensagem enviada pelo próprio face.

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  9. http://cityandlife.at/typo3temp/pics/14a14000b9.jpg

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