quarta-feira, 21 de março de 2012

Contra o Dia



Sabe aquela criança à espera pelo presente prometido no natal? Pois desde que vi hoje no site da Cia das Letras que Contra o Dia, de Thomas Pynchon, já está disponível para a venda, retornei à expectativa da infância pelo brinquedo embaixo da cama. Já o encomendei agora pelo site da Livraria Cultura, que sempre coloca os pré-lançamentos com descontos substanciais (Guerra e Paz comprei 50 reais mais barato; e agora, esse Pynchon com 25% a menos). Já conheço a via sacra. Amanhã a LC vai me mandar um e-mail dizendo que a editora ainda não lançou o livro, mas assim que o fizer o envio será imediato; daqui uma semana o site da Cia das Letras o porá como lançamentos da semana, e então, umas duas semanas adiante, as 1088 páginas chegarão às minhas mãos. Cheiros, tatos, e a prosa de Pynchon durante um bom tempo pela frente. Essas exaltações que me comprovam que o bom e velho livro é eterno!

10 comentários:

  1. O que eu tenho de pão-dura vocês têm de loucos...

    ResponderExcluir
  2. Aproveita o desconto pra comprar do da Egan, que é desse preço. Me pergunto porque os livros da Intrínseca são tão baratos, já que as edições não devem nada a livros caríssimos de outras editoras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vou deixar o Egan para abril ou maio. Estava com planos de comprar outros livros, mas quando vi o Pynchon, tive que desconstruir a lista.

      Excluir
  3. Bem, querido Charlles, espero que encontre nessa nova leitura um traço a menos a desvendar esse nosso complexo rascunho nebuloso. Pois é assim que creio que aconteça: a cada nova geração aparecem desenhistas a retratar melhor quem somos…

    Ah, quanto tempo ainda restará ao desenho quase definitivo? Pressinto que lá, na frente, quando o rascunho esteja quase desvendado, alguns eruditos desenhistas chegarão à conclusão de que os rabiscos apagados eram a nossa essência. Sim, justamente aquelas linhas tortuosas eram as verdadeiras a representar o nosso ser.

    Que brincadeira é essa que o Universo nos apronta? Esse esconde-esconde de mentira e tão verdadeiro nas crianças… Esse brincar de amar para esquecer… Esse nada que parece ser tudo… E esse tudo que parece ser…

    Boa leitura, Charlles, depois você me conta…


    IGNORANTE SINCERO
    by Ramiro Conceição

    Se o Universo for fechado: eternidade.
    Porém se aberto: só há efemeridades.
    Ora… Como é possível crer em valores absolutos se,
    à frente do Mistério, só resta ser um ignorante sincero?


    EMBRIÃO
    by Ramiro Conceição

    Enquanto
    a chuva lavava as unhas
    da Lua, o embrião escrevia
    às civilizações… distantes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tava sumido, poeta. Belos poemas! Dois de seus melhores exemplares.

      Excluir
    2. Charlles,
      veja esse terceiro exemplar...

      (Passei o dia inteiro com ele,
      até publiquei uma versão no blog do Carpinejar;
      contudo, creio que agora fisguei o danado:
      esse hadoque que, de acordo com Joyce, no Ulisses,
      possui as digitais de São Pedro no corpo)



      GARGALHADA
      by Ramiro Conceição


      A gargalhada é o estampido,
      o tiro d’alma a matar o tédio
      da bípede súplica a Deus
      - pra privatizar as graças,
      socializando as desgraças.

      Excluir
    3. TRÊS ANOS
      by Ramiro Conceição


      Quando o meu filho me leva,
      me levanta em seus ombros
      de três anos, creio em Deus.

      Excluir
  4. leia e se delicie, porque o livro é do CARALHO é vai te tomar algumas dezenas de horas de investimento/diversão. em caso de dúvida, quebre o vidro:
    http://against-the-day.pynchonwiki.com/wiki/index.php?title=Main_Page

    ResponderExcluir