Não me traíste, Senhor: de todas as dores fui feito primogênito.
(Salvatore Quasimodo)
Imitação da Alegria
Ali onde as árvores fazem a tarde ainda mais abandonada indolente sumiu teu último passo, como a flor que mal se mostra sobre a tília e insiste em viver.
Buscas sentido para teus afetos, encontras o silêncio em tua vida. Outro destino me revela o tempo refletido. Pesa-me como a morte, a beleza que agora noutras faces brilha. Perdida está toda coisa inocente, mesmo nesta voz, sobrevivente a imitar a alegria.
Anônimo, que bom saber que por detrás de sua identidade preservada há um amante dos poemas do Quasimodo. Junto ao Montale, meu poeta italiano preferido.
Perdoe minha displicência em não ter me identificado no comentário anterior; meu nome é Rodrigo e acompanho seu blog desde o princípio do mesmo.
Gostaria de enfatizar meu regozijo em encontrar blogs como o seu, do Milton Ribeiro, do Grijó,do Idelber,..., (só para citar alguns de memória) nos quais aprendo tanto sobre literatura(principalmente), música, cinema, etc.
Entrementes, a quinta-essência (ao meu ver) dos blogs está nas ígneas discussões entre opiniões tão díspares: uns vestem a couraça filosófica, outros a couraça política, outros a social, e assim por adiante.
Digo isso, pois percebo uma 'burrificação' coletiva cada vez mais túmida e entranhada em modismos estéreis.
Espero que as palavras acima não tenham soado de forma tão prolixa, simplória ou até adulatória.
Abraço, Rodrigo
"As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras."
Rodrigo, companhias como a sua, só me deixam muito feliz. E estamos aqui para a crítica, a oposição e o debate, de forma a escrever como se queira e sem reservas. É sempre gratificante encontrar o bom gosto literário, no meio desses modismos estereis, e isso justifica a criação desse modesto blog. Abraço.
Amén pelo Domingo In Albis
ResponderExcluirNão me traíste, Senhor:
de todas as dores
fui feito primogênito.
(Salvatore Quasimodo)
Imitação da Alegria
Ali onde as árvores fazem
a tarde ainda mais abandonada
indolente
sumiu teu último passo,
como a flor que mal se mostra
sobre a tília e insiste em viver.
Buscas sentido para teus afetos,
encontras o silêncio em tua vida.
Outro destino me revela
o tempo refletido. Pesa-me
como a morte, a beleza que agora
noutras faces brilha.
Perdida está toda coisa inocente,
mesmo nesta voz, sobrevivente
a imitar a alegria.
(Salvatore Quasimodo)
PS: Tradução de Geraldo Holanda Cavalcanti
Anônimo, que bom saber que por detrás de sua identidade preservada há um amante dos poemas do Quasimodo. Junto ao Montale, meu poeta italiano preferido.
ResponderExcluirOlá Charlles,
ResponderExcluirPerdoe minha displicência em não ter me identificado no comentário anterior; meu nome é Rodrigo e acompanho seu blog desde o princípio do mesmo.
Gostaria de enfatizar meu regozijo em encontrar blogs como o seu, do Milton Ribeiro, do Grijó,do Idelber,..., (só para citar alguns de memória) nos quais aprendo tanto sobre literatura(principalmente), música, cinema, etc.
Entrementes, a quinta-essência (ao meu ver) dos blogs está nas ígneas discussões entre opiniões tão díspares: uns vestem a couraça filosófica, outros a couraça política, outros a social, e assim por adiante.
Digo isso, pois percebo uma 'burrificação' coletiva cada vez mais túmida e entranhada em modismos estéreis.
Espero que as palavras acima não tenham soado de forma tão prolixa, simplória ou até adulatória.
Abraço,
Rodrigo
"As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras."
(Friedrich Nietzsche)
Rodrigo, companhias como a sua, só me deixam muito feliz. E estamos aqui para a crítica, a oposição e o debate, de forma a escrever como se queira e sem reservas. É sempre gratificante encontrar o bom gosto literário, no meio desses modismos estereis, e isso justifica a criação desse modesto blog. Abraço.
ResponderExcluir