Estou lendo As horas de Katharina, de Bruno Tolentino. Gostando muito, e olha que nunca fui fã de poesia. (Será que por culpa de poetas ruins? Talvez.)
Acho estranho e engraçado quando leituras minhas se assemelham e ou se cruzam com as de quem eu leio e gosto.
"Aprimorada ao longo de trinta anos de intenso convívio com mestres como Ungaretti, W. H. Auden, Saint-John Perse, Samuel Beckett e Yves Bonnefoy, a obra de Bruno Tolentino traz as marcas de uma empresa de todo surpreendente em nossa paisagem cultural".
"Porfessor nas Universidades de Bristol e Essex, transferiu-se mais tade para Oxford, sucedendo o poeta W. H. Auden, de quem foi amigo, na direção da Oxford Poetry Now.
Eu gosto de uns cinco ou seis poetas essenciais, como Whitman, Eliot, Auden, Salvatore Quasimodo, Eugenio Montale, alguma coisa do Maiakóvski. Não é fácil ser poeta, pois é a única categoria da escrita que não aceita a medianidade: temos os Austen e os Martin Amis da vida no romance, que são bem fraquinhos mas ainda assim relevantes, enquanto na poesia os poetas "bonitinhos" tem uma vida bem bairrista (vide o chatíssimo Vinícios de Moraes). Certo fez Faulkner, que ao ver que não conseguiria se promover na escrita realmente superior (na opinião acertada dele, a poesia), se lançou no romance, mas sempre se referindo aos romancistas como poetas. A poesia é para pouquíssimos, e esses aí eu os leio continuamente, todos os dias.
Os ensaios de Auden também são sublimes; motivou o Joseph Bródski a escrever ensaios em inglês, em homenagem ao que para ele foi o homem mais inteligente do século: Auden. Taí: não gosto do Bródski poeta, mas o acho um espantoso e perfeito ensaísta_ vide o fenomenal "Menos que um" (que deveria ter entrado naquela minha lista dos melhores livros de não ficção, mas o tinha imperdoavelmente esquecido).
Gostei da capa. Grande poeta!
ResponderExcluirEstou lendo As horas de Katharina, de Bruno Tolentino. Gostando muito, e olha que nunca fui fã de poesia. (Será que por culpa de poetas ruins? Talvez.)
ResponderExcluirAcho estranho e engraçado quando leituras minhas se assemelham e ou se cruzam com as de quem eu leio e gosto.
Excluir"Aprimorada ao longo de trinta anos de intenso convívio com mestres como Ungaretti, W. H. Auden, Saint-John Perse, Samuel Beckett e Yves Bonnefoy, a obra de Bruno Tolentino traz as marcas de uma empresa de todo surpreendente em nossa paisagem cultural".
"Porfessor nas Universidades de Bristol e Essex, transferiu-se mais tade para Oxford, sucedendo o poeta W. H. Auden, de quem foi amigo, na direção da Oxford Poetry Now.
Eu gosto de uns cinco ou seis poetas essenciais, como Whitman, Eliot, Auden, Salvatore Quasimodo, Eugenio Montale, alguma coisa do Maiakóvski. Não é fácil ser poeta, pois é a única categoria da escrita que não aceita a medianidade: temos os Austen e os Martin Amis da vida no romance, que são bem fraquinhos mas ainda assim relevantes, enquanto na poesia os poetas "bonitinhos" tem uma vida bem bairrista (vide o chatíssimo Vinícios de Moraes). Certo fez Faulkner, que ao ver que não conseguiria se promover na escrita realmente superior (na opinião acertada dele, a poesia), se lançou no romance, mas sempre se referindo aos romancistas como poetas. A poesia é para pouquíssimos, e esses aí eu os leio continuamente, todos os dias.
ExcluirOs ensaios de Auden também são sublimes; motivou o Joseph Bródski a escrever ensaios em inglês, em homenagem ao que para ele foi o homem mais inteligente do século: Auden. Taí: não gosto do Bródski poeta, mas o acho um espantoso e perfeito ensaísta_ vide o fenomenal "Menos que um" (que deveria ter entrado naquela minha lista dos melhores livros de não ficção, mas o tinha imperdoavelmente esquecido).
Poderia postar a tradução de "in praise of limestone"? Acho que vou comprar essa edição para conferir.
ResponderExcluirO livro me foi enviado nesta semana. Assim que chegar eu posto.
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