segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O cristão niilista



Rosamund Bartlett diz lá para o final da magnífica biografia que escreveu sobre Liev Tolstói que Tolstói jamais acreditou na vida após a morte, pelo menos no modo como a maior parte dos cristãos acredita na vida após a morte. Isso é uma observação desconcertante para alguém que escreveu um tratado no mínimo original sobre a percepção da existência divina através do espelho reflexo do niilismo depressivo, como Uma confissão. Nesta obra, inédita no Brasil a não ser por um bombástico primeiro capítulo na compilação lançada pela Companhia das Letras em Os últimos dias, o russo mostra bem uma de suas características mais idiossincráticas de escritor: a nudez contrastante a que o grande esteta e um dos mais sofisticados narradores da história chegava quando falava de si mesmo. Neste capítulo, Tolstói se entrega a uma meditação solitária, que se poderia dizer "escrita apenas para si mesmo", num testemunho corajoso de todas as suas fraquezas, de forma que é uma peça de sinceridade que vai além dos auto-vasculhamentos escatológicos de Montaigne. Aqui o artista que colocava todos os outros do mundo no bolso por sua erudição e seu alcance de visão, usa um linguajar que os salões requintados de intelectuais de seu tempo não relutariam em taxar de atrasado e pobre. Por isso é uma confissão, a ante-sala em que se senta o velho Tolstói antes de que assuma, como num novo Eclesiastes, que tudo que escreveu e toda a arte é meramente uma vaidade vazia. Esse capítulo me atingiu em cheio. Eu conhecia parte pequena da extensa obra doutrinária do autor de Guerra e paz, como seus contos da Cartilha, que tem a estatura que tem justamente por serem de uma singeleza desarmante; conhecia sua magnum opus filosófica O reino de deus está em nós, que é muito, mas muito mais do que se convencionou dizer o estado soviético e o padrão cultural do século passado (ambas essas coisas destrinchadas sobejamente por Bartlett na parte final de seu livro), e nada me soou mais verdadeiro de ler e mais revelador sobre a crença de Tosltói que esse primeiro capítulo.

Foi com Uma confissão que Tolstói foi excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa. Esse capítulo me pareceu o que Camus sempre procurou escrever em A peste e nos diários de viagens em que documentava sobre a profunda depressão que sentia na fatuidade de suas conferências internacionais. Ler esse Tolstói me remeteu imediatamente a Camus. Quando li o diário da vinda de Camus para o Brasil em 1949, pensei: "esse homem vive em um desejo irrefreável de se matar, e não fazê-lo constitui o pior dos infernos para ele". Em uma parte notavelmente marcante, uma morena brasileira se esfrega nele durante um baile, e ele emprega todas as suas forças para não vomitar (há uma cena semelhante em Os mímicos, em que um personagem de Naipaul sente um asco homicida ao ver a pele de sua amante que lhe parece repugnantemente com um pudim). Pois Tolstói relata que pensou várias vezes em acabar com sua vida, tendo lido Schopenhauer na pré-adolescência e após, em seus 14 anos, ter ouvido, fascinado, um amigo expor para ele e para seu irmão Ivan uma explicação pormenorizada e brilhante de que Deus não existia. Depois disso, Tolstói luta para se manter vivo em um universo que não tem sentido e não oferece o menor lenitivo para que se continue a acordar dia a dia e participar da imensa mentira que faz deste mundo uma prisão de injustiças e assassinatos. Tudo parece para o homem de menos de 40 anos que acaba de escrever Guerra e paz um inferno ainda mais profundo e opressivo que qualquer inferno cristão, pois este se apoia em uma norma comunitária e milenar de fingir impregnar sentido através de sistemas mentais e ritos tradicionais. Tais arquétipos amortizantes do suicídio comunal são, ainda por cima, bastante fáceis de serem denunciados, pois todos eles são contraditórios e escondem uma gritante hierarquia de interesses em manter a maioria da população na ignorância para solidificar um esquema de classes dominantes. Em Guerra e paz já se pode ver essa conversão a um cristianismo pragmático que pretende estancar o absurdo por todos os lados; mas é depois de sua fase grandiloquente (que lhe permite produzir ainda um calhamaço como Anna Kariênina, vencendo sua declarada enorme afasia em labutar em cima de algo que lhe parecia sem propósito) como ficcionista que Tolstói se transforma em filósofo.

Ele lê de tudo. Aprende por conta própria umas cinco línguas diferentes (entre elas o hebraico, o grego e o alemão); em um final de semana aprende o esperanto, crente no intuito de seu inventor de que tal idioma converterá em uma comunidade global todos os povos. A lista de estudos que Rosamund Bartlett enumera do que forma o escopo da fase madura e tardia de Tolstói é um assombro: não só entra em contato com todas as ideias que estão a ser escritas pelo mundo, encomendando onerosas edições importadas, como sua crescente rede de fieis e seguidores lhe manda uma profusão de livros de todas as partes. Lê toda a filosofia germânica e grega; se apaixona ferrenhamente por Rousseau, que é um de seus mestres para toda a vida. Sedimenta suas ambições homéricas, lendo A Ilíada e Odisséia no original. Conhece cada seita sectária da Rússia, visitando seus mosteiros ou seus tolos de Deus indo por onde eles peregrinam. A universalização do conhecimento que traz para si é tão cerceada que nada escapa de seus olhos. Está preparado para, como no conto de Tchécov, A aposta, em que um dos apostadores fica décadas trancado em um quarto sem contato com o mundo, alimentando-se com toda a cultura humana, renegar toda a produção intelectual do homem como simples vaidade. E neste estado de espírito Tolstói atinge a sua primeira de uma série de severas crises transformadoras. Quer deixar tudo, lar, família, propriedade; quer renegar sua obra, abrindo mão dos milionários direitos autorais (era então, o autor mais vendido do mundo); quer arrepender-se ativamente de todos seus pecados como senhor de terras que possuía (e exercia essa posse) as vidas dos seus servos e o corpo de suas servas.

Daí que Uma confissão é o ápice de sua produção intelectual. Hiperbólico em tudo que fazia, cada um de seus livros filosóficos era uma via láctea de milhares de páginas condensadas em tomos editados e vendidos sempre à revelia das proibições taxativas do censor do tsar_ O reino de Deus está em nós, diz Bartlett, tem um manuscrito original de três mil e quinhentas páginas. Mas vamos a o que diz Uma confissão, que pode ser o cerne para entender a doutrina de fé sem recompensas místicas professada por Tolstói. O capítulo único que dispomos revela um Tolstói existencialista, no âmago de seu desespero. Ele diz que pensar na não-existência de Deus o levava às portas do suicídio, pois não poderia viver sem que houvesse um objetivo justo para compensar todas as mazelas da vida. Daí sentia, subitamente, uma reconfortante proximidade de Deus, sem previsão, sem que seu racionalismo incidisse de imediato_ nesse limbo em que a possibilidade se tornava evidente, a vida se renovava para ele, e tudo era plenitude e luz. Mas tais momentos não duravam muito, e sua mente racional cogitativa o lançava de volta às sombras da certeza de que nenhum maravilhamento divino era possível coexistir com um mundo animalesco, regido por leis econômicas selvagens e impulsos nervosos mediados por simples correntes enzimáticas. A solução nestas horas para tanto eco que lhe provocava o opressivo vazio era acabar com sua vida. E aqui vem a parte fundamental de sua escrita: através da razão, ele chegou à certeza incontestável da existência de Deus: se a vida só era possível quando ele era assolado pela lógica divina, era porque Deus é a própria existência. Deus simplesmente não é uma presença extemporânea, que coabita em estado suspensivo por sobre o universo; Deus apenas é. Ele é indissociável do universo. Vivemos Nele, e Ele está em nós. Através dessa leitura magnífica, dessa descoberta suprema, obtida não por meios místicos ou metafísicos, Tolstói calou em si definitivamente qualquer traço de incerteza. Seu esoterismo é tão pragmático, heroico e romântico (em última escala), quanto os crentes sem Deus de Camus, o médico e o repórter que se isolam na Oram condenada pela peste para darem sentido às suas vidas morrendo na tentativa de salvar ou emancipar um pouco do terror das pessoas sentenciadas pela doença. Tolstói chegara a essa descoberta depois de sanitizar os evangelhos, traduzindo-os do grego seccionando os milagres e a magia interpolada, segundo ele, pelas instituições que prostituíram e manipularam sua mensagem ao longo da história, e dando a seus leitores um Jesus humano, um profeta brilhante que contudo padecia, para nossa felicidade, das nossas mesmas fragilidades e insuficiências.

Mas Tolstói se insinua mais do que isso. Como é sabido, ele fazia questão de, em seus grandes romances, perverter as normas da escrita que uma Europa refinada instituía como modelo de excelência. Nas novas traduções do russo, lançadas pelo país nas últimas décadas, vemos que ele assumia uma redundância programada para manter sua independência (influenciando enormemente a escrita de Thomas Bernhard), e não tendo pudores em emendar pregações e reflexões pessoais no meio da narrativa. Impossível, para mim, que o cristianismo de Tolstói tivesse mesmo esse positivismo pragmático ancorado em uma didática pacifista que só ia até onde estivesse um controle social igualitário. Um niilista como fora Tolstói, só poderia suplantar a hipótese do suicídio se conseguisse calar sua limitação em ver além o ponto infinito para onde sua crença se convergia. Sua concepção de Deus é a mesma de Don Dellilo e Saul Bellow, que diziam que Deus era inacessível e sempre será inacessível à nossa terrenidade inexorável, à nossa falta compulsória de credenciais para o absurdo_ à nossa sensaboria extrema. O estado soviético condenou por cem anos as obras filosóficas de Tolstói ao silêncio, pelo alto teor de contestação que elas contêm, e esse olvido alimentado pela difamação de que tais escritos eram de um evangelismo rançoso de velho foi assumido por um Ocidente que se deslumbrava com todos os níveis de escolas do pensamento surgidos em reflexo à decadência moral do homem no século XX. Mas a volta, se é que há, destes textos de Tolstói para o mundo pode estar vindo atrasado demais. Em uma hora em que as sutilezas do pensamento e a fé em uma comunidade humana progressista moralmente desenvolvida é algo inconcebível na grosseria do hedonismo atual. (Rosamund Bartlett escreve, no capítulo final, um panorama valiosamente revelador sobre o que o stalinismo fez com a família e o pensamento de Tolstói; quando viram que a popularidade de Tolstói era algo grande demais para ser excisado sem consequências, eles fizeram que Tosltói se juntasse a eles: além de ser um pai espiritual para o bolchevismo, foi transformado no artista perfeito enormemente equivocado em seu sistema doutrinário, mas modelo de correção e herói nacional.) Há muito no silêncio de Tolstói.

9 comentários:

  1. Charlles, depois de ler seu texto, me veio a pergunta: será que houve, há ou haverá outros, qual ele, em outras culturas? Será que o ápice da cultura aconteceu somente lá, à época  e na figura do barbudo em questão? Será que você não está a fomentar um idealização? Por exemplo, o sofrimento do mencionado não seria aquele mesmo encontrado, por exemplo, na literatura de Pessoa, no Zaratustra do bigodudo alemão, na Maquina do Mundo de Drummond, na secura dos versos de Cabral, no Édipo Rei de Sófocles, nas tragédias de Shakespeare, nas lendas de amor e ódio dos povos dizimados da América, da África, da Austrália, da Nova Zelândia: por exemplo, soube recentemente que cientistas europeus (ou americanos…) estão a pesquisar a previsão do tempo sugerida pela cultura dos aborígenes, parece que os “bichos” pela vegetação antevêm o tempo, ultrapassando a velocidade de moderníssimos modelos computacionais. Não é brilhante? O que isso fica a dever a Tolstói ou a qualquer outro renomado de nossa civilização? Pra mim, nada! Gostaria na realidade, se fosse possível, escrever poesia junto a tais sábios. Veja, Charlles, estou a escrever isso, sem qualquer demérito à obra de Tolstói.
    Fundamentalmente, qual a diferença entre o que você escreveu sobre o russo e o discurso daquele chefe Seattle sobre a Terra, que algumas línguas tristes afirmam ser uma fraude? Bem, então, que bem-vindas sejam tais milhões de fraudes a alimentar a sabedoria humana…
    Sinto que você tenta santificar Tolstói, como se ele não estivesse já consolidado na galeria dos imortais da civilização… É óbvio que, se ocorreu como você disse, a tentativa de ajustar Tolstói à revolução bolchevique: tal fato foi uma excrescência, tal qual foi, e é, negar a fé cristã na Ilha de Fidel. Tais fatos são piadas, coisas da história oficial de desajustados que tomaram o poder pra si: só isso, e nada mais.
    Parece que você, Charlles, tenta provar uma faceta ainda não entendida de Tolstói… Li boa parte de Guerra e Paz e, completamente, Ana Kariênina (ou Karenina). Não tenho dúvida que ele foi um dos maiores… Assim como, por exemplo, Guimarães, em seu Sertão Veredas, ou Joyce, no seu Ulisses, ou Euclides da Cunha, nos seu Sertões, ou Pessoa, na Tabacaria. A lista poderia continuar…, mas não seria importante…, pois o que importa é a síntese do conteúdo. Além do mais, da pra ser um verdadeiro cristão sem ser niilista?.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. errtata: é óbvio que é "dá" e não "da", na última frase...

      Excluir
    2. Não estou santificando Tolstói, Ramiro. Longe de mim. Artisticamente, ele foi bem maior do que estes que citou. Religiosamente, foi menor que shamans e pajés índios, já que nunca se disse místico. Filosoficamente, também foi menor que qualquer filósofo ortodoxo, mesmo Bertrand Russel, mas o que vem de encontro aos propósitos de Tolstói, já que ele não queria e não reivindicava qualquer lugar no cânone. O que acho inigualável em Tolstói foi ele ser alguém engajado e extremamente corajoso, o que, aí sim, coloca todo mundo no chinelo. Ele fez um sendo sobre a miséria do "nordeste" russo sozinho montado a cavalo, e escandalizou os poderes da Russia (e a opinião pública), ao relatar a agrura desumana por que passavam o pessoal de Samara_ e arrecadou milhões para amenizar a situação do local. Ele, mais tarde, no inverno cruel de 1894, motivou todo o Globo a ajudar os camponeses russos, o que aconteceu, em uma campanha mundial sem precedentes. Nessa época, veja bem, ele era o escritor que mais vendia, um Paulo Coelho, e abdicou de todos os direitos autorais_ justo quando Iásnaia Poliana, sua propriedade rural, passava por uma crise e sua família começava a tangenciar a pobreza. Daí, ele, que dera as costas para o romance, voltou a escrever um, o "Ressurreição", para ajudar um grupo de sectários religiosos, os Dukhobors, que estavam sendo perseguidos pelo tsar, e com as vendas do livro e os direitos autoras restabelecidos, ele destinou tudo para emigrar essas milhares de famílias para o Canadá, onde eles estabeleceram uma comunidade que dura até hoje. E mais, Tostói confrontou o governo, a igreja, a intelectualidade, era um verdadeiro anarquista. Nem de longe aqui no Brasil temos ou tivemos uma figura parecida com ele. Euclides da Cunha..., vai, estou falando sério. Pessoa? Um grande poeta, mas não se estabelece termos para comparação.

      Como tem obrigação estética de encerrar seu comentário com uma frase de efeito, achei válido o "que cristão não é niilista". Mas a verdade é que nenhum cristão é niilista. Tolstói parece ser, e isso se deve à sua extrema sinceridade de assumir que, afora o Sermão da Montanha e a paz e o amor como princípios básicos para promover uma sociedade justa na Terra, ninguém sabe absolutamente nada.

      E, Ramiro, por favor... Cuba e Tolstói não tem nada a ver. Vá ler o último capítulo da biografia da Rosamund Bartlett. Páginas que ressaltam em muito o quanto foi deplorável em todos os níveis humanos a repressão ao pensamento e os assassinatos em série promovidos pela ditadura bolchevique.

      Excluir
    3. Errata ramiriana: não ele fez um "sendo", mas ele fez um SENSO.

      Excluir
    4. Charlles,
      talvez você já conheça ou desconheça, não sei. Bem, o artigo, que indico a seguir, foi elaborado por um conterrâneo seu, da Ufg. Embora pareceu-me introdutório, o trabalho é uma reflexão interessante sobre o pensamento de Tolstói associado ao conceito de história ou, melhor, de que maneira o grande escritor russo compreendia o desenrolar de um processo histórico. O autor efetua uma discussão sobre o processo de integração dos infinitesimais contido em Guerra e Paz. Em outras palavras, há uma discussão sobre o livre-arbítrio (isto é, a liberdade) e a necessidade (isto é, a contingência dos fatores históricos sob os quais cada indivíduo está subordinado por pertencer a um agrupamento humano). Ou em síntese: até que ponto somos efetivamente responsáveis por nossos atos sob um dado momento histórico. (O tema é quentíssimo!!!).

      http://www.historia.ufg.br/uploads/114/original_ARTIGO__BARROS.pdf

      Excluir
  2. Acho que o niilista do título poderia estar entre entre aspas. Tolstói teve uma vida absolutamente coerente com as convicções que tinha . Era corajoso, sincero, espontâneo e autêntico. Em uma passagem do magnífico Guerra e Paz, vemos o personagem Pedro, após as incontáveis buscas relacionadas as questões existenciais, encontrar após a prisão, no sofrimento e na dor, a verdadeira e sublime paz espiritual, na exata medida da Verdade estabelecida no cristianismo sem firulas. Tudo isso quando ainda era latente a sua "conversão ".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Wagner, muito acima da margem adotada neste texto, o cristianismo de Tolstói me deixa muito entusiasmado. É muito próximo do que eu acredito. O cristianismo de Tolstói é contraditório, porém, porque ele descarta partes dos evangelhos para se centrar apenas na humildade do espírito. Aqui eu acrescentaria a exigência de "inteligência", do cristianismo de Swedenborg, e a "arte", do cristianismo de William Blake. No magnífico ensaio escrito por Borges sobre Swedenborg, ele fala sobre uma passagem de um dos livros místicos de S. em que um monge do deserto morre e vai para o céu, mas por ele ter sido sempre recluso e simplório, e não conseguir acompanhar os infintos debates intelectuais dessa esfera cosmogônica, tiveram que criar um céu particular para o monge, um que simulava o deserto em que ele gastou sua vida. Ele só compreendia isso.

      Excluir
  3. Valeu Charlles pela "Humildade do Espírito." É isso cara! Parece que ela aniquila os pecados.

    ResponderExcluir
  4. O texto me pareceu feito sob encomenda em reação ao seu post, Charlles. http://www.sul21.com.br/jornal/colunas/ernani-sso/leitura-com-cilicio/

    ResponderExcluir