sábado, 18 de fevereiro de 2012

Barricada



Viajar em época de carnaval? Só se eu fosse muito louco. Só ontem, o que seria para todos os termos técnicos a véspera da festa, na via principal de acesso à capital do estado houve 25 acidentes de carro, com dezenas de feridos e duas mortes. Aqui na minha cidade dormitório, uma chuva em forma de hecatombe destruiu árvores lançando-as ao alto pela raiz por pura traquinagem, e duas torres convertedoras de energia responsáveis pela luz elétrica de dezenove cidades ruíram sob a força dos ventos, o que resultou em dez horas de blecaute. Sem o som do carnaval de rua invadindo pela janela, mas também sem a possibilidade da consumação do vinho chileno ouvindo Coltrane. Mas hoje tudo já está preparado, nas duas frentes opostas: as moças de bermudas vestidas com os leves abadás coloridos andando pelas ruas, os carros atolados de playboys dobrando esquinas com uma velocidade perigosa; e eu desse meu lado por detrás das barricadas. Durante toda a tarde ensaiei o que será a audição noturna desse maravilhoso box de 4 álbuns de John Coltrane, considerado por todos os blogs estrangeiros especializados em jazz como "one of the most important live sets from the ´60s", e uma das melhores apresentações ao vivo de Coltrane. Gostaria muito de tê-los no original, mas o preço pela Livraria Cultura é exorbitante. Mas, os interessados podem consegui-lo aqui: http://butseriouslyfolks11.blogspot.com/2011/08/john-coltrane-complete-1961-village.html, em 320 kbps. Mas, peço que se atentem para o cabeçalho do referido blog, o terceiro parágrafo acima do post. Trata-se de um blog tesouro, maravilhosamente marginal, e que seja um segredo entre nós, para que seja preservado. Daqui uns dois dias, vou apagar o link, por segurança. A música: de primeira, sublime, envolvente. Inserções ao ponto de Eric Dolphy, Garvin Bushell e Roy Haynes. Mas, após ouvi-lo, cuidado: qualquer exposição física além do umbral da porta rumo à rua, pode gerar uma severa constipação!

30 comentários:

  1. Peguei Fante para meu feriado. O problema é que está tão bom que não passará do domingo - talvez não passe nem do sábado. Tudo bem, porque depois tem Asimov.

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  2. Charlles, eu consegui baixar o disco 1. É bem ano sessenta. Já ouvi falar muito de Coltrane, mas nunca o ouvira antes. Repeti "Naima" umas três vezes. Espero que haja tempo de baixar o restante. Meu provedor é lento.

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    1. Milton, o download deste site é lentíssimo, não sei por quê. Durante a madrugada, baixa-se em uns 40 minutos, mas pelo dia leva umas 2 horas. Adoro "Naima", tenho dezenas de gravações de Coltrane para ela aqui.

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  3. Agradeço *IMENSAMENTE* pelo link do blog. Só coisa boa e atualizadíssimo - achei que não ia ter, mas tem sim o novo do Leonard Cohen e o último do Tom Waits. Aliás, finalmente terei a discografia do Tom Waits. Maravilha!

    Abs,
    P.

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    1. Tem tudo lá. O dono está realocando os arquivos, depois que o fileserve e outros fecharam as portas. São, em média, uns dez post por dia. Realmente um tesouro. Mas, novamente: não espalhe. Como diz lá no cabeçalho, uma única denúncia e tudo vai para o beleléu.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Charlles, obrigado pela dica. Não conhecia o blog jazzístico. Já está na minha lista de favoritos. O desejo imediato que me surgiu foi ter baixado, mas como estou fora de casa (em Goiânia), baixarei somente na terça quando voltar para Brasília.

      Abraços, Charlles, e continue no front.

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    2. Carlinus, imagino que sejas um grande apreciador de música. Assim, irá se deleitar com os materiais ali disponíveis.

      Forte abraço!

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  5. Cara, sou muito quadradão.
    Tenho aqui umas poucas versões de albuns de jazz em formato MP3... uns dois discos do Archie Shepp que não acho em nenhum lugar... alguma coisa do Sun Ra, cuja discografia nem especialistas no cara conseguem dominar... mas não consigo deixar de reparar a qualidade sonora baixa...
    Sem sombra de dúvida, as apresentações ao vivo do Coltrane mais memoráveis foram as do Village Vanguard de 61 (com o Dolphy) e as de (65?) com a formação com o Pharaoh Sanders no tenor, Rashid Ali na batera e a esposa Alice Coltrane no piano. Não sei se vai concordar comigo, mas Alice Coltrane trouxe uma leveza ao piano que McCoy Tyner não conseguiu (a despeito de toda a sua virtuose). Conhece esse Coltrane at Village Vanguard Again? Eu que adoro de amor Naima tenho predileção por essa versão do segundo encontro mais tardio no clube de New York.
    Minhas versões preferidas de Naima. Essa e uma versão orquestrada com o Dexter Gordon, naquele Album em que ele decide voltar em definitivo da Europa.
    Versão mais estranha de Naima: Archie Shepp em Four For Trane.

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  6. Olha só.
    Um bom substituto ao box set The Complete 1961 Village Vanguard Recordings - que até por aqui é salgado - são esses relançamentos da Impulse das versões originais do catálogo deles (sem adições de unreleased tracks, etc). A gravação original do Live at Village Vanguard não deixa a desejar em nada.
    Nem o original está acessível aí?

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  7. Olha isso aqui, Charlles.
    http://www.jazzloft.com/d-5248-real-gone-jazz.aspx
    Oito albuns originais do Modern Jazz Quartet por 18.99 - Sonny Rollins with the Modern Jazz Quartet (1953), An Exceptional Encounter (with Ben Webster) (1953), Django, Concorde, Fontessa (1956), Third Stream Music (1957), Odds Against Tomorrow (1959), Pyramid (1959).
    Descobri ontem essa label, Real Gone Jazz. Não sei bem quem é o idealizador da label. Um aficcionado que se aproveitou da legislação diferente de direitos autorais na Europa - que em matéria de música termina em 50 anos - que está a reeditar albuns classicos originais em box set de 8 (!!!) por menos de vinte dólares (!!!) Comprei o Real Gone do Sonny Rollins e do Modern Jazz Quartet.
    Dá uma olhada no set do Mingus! Acho que vai pirar o cabeção.

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    1. Luiz,

      se tivesse dentro do meu orçamento, e, tão importante quanto, se houvesse disponibilidade de cds de jazz para a compra, eu optaria por comprar aqueles que se comportassem numa classe mais sagrada. Eu tenho muitos cds originais de jazz aqui, principalmente Miles e Coltrane. Os que são lançados no Brasil, por uma lógica de mercado, são muito baratos: raras as vezes passam de 20 reais. Mas a grande maioria tem-se que obter pela net, importados, e a preços exorbitantes. E não se trata apenas de dificuldade regional, essa carência se vê em grandes capitais brasileiras. Essa caixa de Coltrane, p. ex., está por 200 e lá vai cacetada na livraria cultura. Pensando bem, até que não é tããão caro assim, mas eu já gasto bastante com livros por mês, o que inviabiliza esse tipo de aventura, ainda mais com alguém que tem dois filhos, como eu.

      Mas ainda compro cds. Fiquei dois meses esperando a remessa de uma caixa especial do Milestone, até que a Livraria Cultura me informou que todos os fornecedores estavam com os estoques esgotados do produto. O último cd que adquiri foi o do Mingus, do Black Saint and the sinner lady, e por 69 reais!!!! Um absurdo!! (mas havia feito alguns exames de brucelose que me renderam um dividendo extra para gracinhas pessoais). Gastei rios de dinheiro em vinil e cd por toda a minha vida, e por detrás disso há a velha história da especulação aviltante do mercado fonográfico. Atrofiou-se bastante a minha vocação de pagar quatro vezes mais por um cd, por melhor e mais fetichistamente pecaminoso que ele seja.

      E a qualidade de um bom download não difere, pragmaticamente, em nada do cd original. Se estiver disponível em 320 kbps, ou em FLAC, ou em wax, tem a mesma qualidade do cd. Apenas que o primeiro não reproduz infrassons, que já não seriam captados por um ouvido humano no cd. (O único inconveniente é que nenhum cachorro vai uivar quando você tocar, em volume alto, certas passagens do
      Sgt. Peppers.)

      Vi esse site. São preços bem em conta mesmo. Mas... o segredo está no frete. O frete deve transcender o valor do produto.

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    2. E aí no Canadá talvez o download não tenha muito sentido. Talvez, além de preços módicos, você tenha um grande catálogo à disposição. Mas, no referido site do post, p. ex., há 90% de álbuns para se baixar que dificilmente estão facilmente encontráveis num loja aqui no Brasil. Meu amigo Grijó, do Ipsis Litteris, diz que não faz downloads. Uma vez o questionei se isso não provocaria uma mutilação do gosto. Há coisas demais para se ouvir, e que só estão disponíveis em download, bootlegs, edições limitadas esgotadas, etc.

      E outra coisa, há gravações antológicas de jazz que prescindem de uma qualidade boa de gravação. Bird in St. Nicks, p. ex., que o tenho em cd original, lamentavelmente é terrível.

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    3. Errata, não é arquivo em wax, mas em wave.

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  8. E a qualidade de um bom download não difere, pragmaticamente, em nada do cd original. Se estiver disponível em 320 kbps, ou em FLAC, ou em wax, tem a mesma qualidade do cd. Apenas que o primeiro não reproduz infrassons, que já não seriam captados por um ouvido humano no cd. (O único inconveniente é que nenhum cachorro vai uivar quando você tocar, em volume alto, certas passagens do
    Sgt. Peppers.)

    Não sou consumidor de MP3, Charlles.
    Abraço sem nenhum problema o meu anacronismo nesse quesito.
    Todo o MP3 que consumi até hoje veio da iTunes store, o que, na real, é de novo contrasenso diante de como a geração de hoje consome o download.
    Não tenho condição de discutir contigo sobre questões técnicas do Mp3.
    Imagino que a iTunes store use da banda de Mp3 mais sofisticada.
    E te afirmo com a maior tranquilidade que a profundidade dos registros graves (e a acurácia dos mesmos) nos Mp3 é pobre pobre se comparado ao CD. Isso é um crime por exemplo com Charles Mingus ou com o Ron Carter do melhor quinteto do Miles, que invariavelmente perde toda a sua relevância em versões da garotada iPod.
    Mas entendo, óbvio, a mão-na-roda que o Mp3 e o download são. Minhas ressalvas não vão nem pelo lado do direito de som e tal.
    São ressalvas sonoras mesmo. E olha que não sou cachorro.
    Não é purismo não, meu amigo.

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    1. Eu sei, eu sei...

      A situação ideal, claro, seria a de ter todos os cds.

      Mas, me lembro quando foi lançado o cd. Caíram em cima, dizendo que justo os registros graves que eram perfeitos no vinil, se perdiam no cd. Ainda existem os mórmons do vinil, que gostam dos ruídos da agulha, a arte das capas, a disciplina sagrada de trocar o lado na radiola. Vivi muito esse tempo.

      Isso acaba virando uma daquelas bonequinhas russas, onde dentro do mp3 há os descontentes fiéis ao cd, e dentro do cd os descontentes fieis do vinil, e dentro do vinil os descontentes dos bolachões de duas polegadas, e dentro desses os adeptos dos rolos de fita, e em ordem pregressa os que só consideram música in vito, ou que só gostam de ler partituras, e os que acham que o lance mesmo é uma dança tribal em torno da fogueira, etc, etc.

      Recordo que eu, nos distantes anos da faculdade, gravei uma fita cassete de 90 minutos com o melhor da minha coleção de vinil do Jethro Tull. Esse amigo ouviu tanto a fita que o som se desgastou. E ele gostava do som de Aqualung com aquele desgaste, como se ele a ouvisse de um porão. Dava um charme, realmente, de algo entrevisto soturnamente de uma catedral. Parecia que a música era antiguíssima, cujo único registro sobrevivente era aquele. E nós tocávamos essa fita e ela tinha uma relevância única.

      Isso é papo furado, como tudo que há aqui neste blog. Muita idiossincrasia...

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    2. Gostei da metáfora das bonecas russas. É isso mesmo.
      Terminei e não escreverei sobre Fante. Não enquanto não ler outro dele.

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    3. Caminhante, Pergunte ao Pó, como já disse antes, é um dos melhores livros que li, sem exageros. Parti para outros títulos do Fante, atrás da mesma realização, mas me frustrei. Não quero criar um anticlimax em você. Mas Fante, para mim, é "Pergunte ao Pó", assim como Kerouac é "On the Road".

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    4. Imagino. Por isso que demorarei até ler outro. Só saber que Bandini está presente nos outros livros já me desanimou bastante. Prefiro pensar nele sem nada antes ou depois de Pergunte ao Pó.

      Não escreverei sobre o livro justamente porque não consigo nem expressar o quanto ele é bom.

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    1. Concordo, Luiz. Puro falastrianismo da minha parte. Na verdade eu até fiquei meio satisfeito quando parecia que tinham dado cabo do download, com a ação inusitada contra o Megaupload. Não sou adepto ferrenho do download. Há uma ideia em mim, imprecisa para que eu possa defini-la em palavras, de que a apreciação da música está ligada ao mérito de conseguir-se obtê-la. Quando passei a conhecer o jazz, eu havia comprado de uma sentada 4 cds originais do Miles Davis que haviam sido lançados no Brasil: Sketches of Spain, Milesahead, Porgy and Bess, e kind of blue. Até hoje sinto aquela noite chuvosa em que saí do shop em estado de êxtase, peguei um ônibus com o pacote de discos queimando nas mãos, e, a enorme alegria da descoberta ao chegar em casa e ouvi-los. Passei quase um ano ouvindo-os todos os dias, religiosamente, lendo e relendo os encartes. Não raras as vezes eu executo em minha mente, para me entreter nas filas de banco, a memória precisa dessas gravações, como a maravilhosa "Prayer (Oh doctor Jesus)", ou o solo celestial de Coltrane (o qual sei assobiar na íntegra, igual a um autista pela rua) de "Flamenco Sketches". Parece que toda a maravilha que a música tinha para oferecer se condensava naqueles 4 discos; era o bastante, por um bom tempo. Era uma liturgia disciplinada pelo puro prazer da aquisição que realmente oferecia o ganho que a alta cultura promete. Um saber espiritual! Quando garoto, eu economizava espartanamente para comprar um Led Zeppelin, e juntávamos em grupos de amigos para degustar um os álbuns que os outros também muito sofrivelmente haviam adquirido. E isso era o máximo.

      Hoje, não querendo fazer uma antítese dos "saudosos tempos que não voltam mais", o excesso atrofia a apreciação estética. Eu tenho 130 discos do Miles em meu HD externo. Até hoje não consegui apreciar devidamente o "Pangaea", por exemplo, por mais que o tenha ouvido, justamente pelo atulhamento de material baixado dar a ideia de afasia, de pressa.

      O download me serve muito para a audição de música erudita, esses sim álbuns quase impossíveis de achar. Ainda que dirima muito o prazer de não ter a coisa autêntica, ouvi todas as cantatas de Bach através do mp3, e isso me causou um deleite condicionado às limitações dos novos tempos, mas foi um deleite.

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    2. Isso tem muito a ver com as críticas à indústria cultural, como parece óbvio. Faz-me lembrar das entrevistas entre Philip Roth e o romancista checo Ivan Klima (no livro Entre Nós), em que Roth conduz a lógica do diálogo para a riqueza que o regime de opressão dos países sob a pena soviética naturalmente oferecia para a imaginação criativa. Como era de certa forma difícil aos escritores de países democraticamente ricos como os EUA achar um tema válido, e como os temas válidos, cheios de densidade espiritual, proliferavam pelas ruas tristes e prédios planificados dos países onde a vida era duríssima. Klima diz, num das mais arrebatadoras visões, que na Checoslováquia os lixeiros catavam sacolas plásticas com excrementos nas calçadas enquanto organizavam nas mentes um ensaio sobre Kafka_ ele mesmo tendo sido lixeiro, como narrou no romance Amor e Lixo. Como proliferavam os samizdat, que eram os jornais artesanais grudados nos muros para que todos lessem (uma antecipação dos blogs), cheios de produção de poetas, e artistas de todos os tipos.

      Como um dos méritos aqui é a tergiversação, isso me faz lembrar da impressão de riqueza fácil que os EUA tinham para oferecer em questão de produtos culturais, quando eu me deparava com a realidade limitante do Brasil antes da abertura econômica. Eu via um simples vinil do REM, Green, como uma joia inacessível, porque a EMI não o havia lançado por aqui (lançou-o bem tarde). Talvez essa alegria plástica pelo mp3, por essa liberdade ultra-arejada, seja um recalque libertado, com pouco proveito e uma insuficiente catarse.

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  10. Um pouco sem tempo hoje.
    Aniversário da minha esposa.
    Como sempre, a generosidade sua na resposta é patente.
    Depois eu te respondo com mais calma.

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    1. A falácia não exclui o fato de que não existe diferença substancial nenhuma, especificamente, entre a qualidade de som de um bom download e um cd. Essa especulação em cima do cd me lembra, mais uma vez, a famosa frase introdutória de O Capital: "a mercadoria é cheia de sutilezas metafísicas e argúcias teológicas."

      Forte abraço.

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  11. Imagina se eu tava aqui fazendo análise do discurso sobre a tua resposta. Eu quis dizer que não acho que se equiparam tanto assim a defesa do vinil - que é acima de tudo uma questão do fetiche, i.e. o chiado, o nostálgico ritual de colacar a agulha por sobre a banda que se quer tocar, etc - e a resistência ao Mp3 em razão do CD. Pelo menos no que tange a música instrumental - o jazz no meu caso - não foram poucas as vezes que me senti enganado ao escutar a mesma faixa, ora em Mp3, ora em CD, ao reparar como fica apagada a contribuição do contra-baixo nos quartetos e quintetos dos 50 e 60. O caso emblemático para mim é Ron Carter. A julgar pelo que você escuta em versões Mp3 das apresentações ao vivo do quinteto do Miles você diria que sua importância era apenas marginal.
    Nossa dirvegência é portanto empírica mesmo (ou pragmática como você colocou) e não lógica, como pareceu o meu curto comentário.
    Diferente do Mp3, eu não tenho nada contra a falácia. Eu as cometo a torto e a direito, com propriedade e de forma despretensiosa. Se me calhasse mais talento, faria do ad hominem e da falácia de autoridade o meu esporte.
    Engraçado que quando postei o meu primeiro comentário não tinha o menor intento de desenhar uma diatribe contra o Mp3. Meu fracassado post scriptum queria apenas juntar-se ao teu texto em louvar o Live at Village Vanguard, roubar-te as referências das versões de Naima de que gostas, e, no máximo dizer que o Live at Village é um daqueles albums que importa ter-se em CD.

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    1. Concordo. Pensei na hipótese de adquirir apenas um dos discos, como você sugeriu, mas vou aguardar alguns meses para ver se compro a caixa. Andei pesquisando cds de jazz pela net, e sim!, muitos são baratíssimos! Na Livraria Cultura há uma caixa com 6 álbuns remasterizados e com bônus do Miles, por 69 reais!!! Tem o Milestone, o Milesahead, o Sketches, o Porgy e mais um que não me lembro (justo o que não tenho). E verei se compro algum álbum do SEU quinteto preferido. Agora mesmo estou a ouvir o Relaxin, com o MEU quinteto, em cd.

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    2. Luiz, olha só que maravilha:

      http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22661201&sid=7551372521413177656800818

      Cds clássicos por 11 reais cada. Pesquisei pela net o produto. Cada cd vem dois álbuns, a começar por Birth of Cool, e passando pela quadrologia de Cookin, Relaxin, Workin e Steamin. Gostaria de não tê-los só para aproveitar a oferta. E vem com os encartes originais e tudo.

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  12. Ótimo negócio!!! A desvantagem do catálogo da Real Gone é a de que ele não traz os encartes originais dos discos.

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