Sim, o Faulkner estava certo: existem sempre os mesmos temas capitais para a arte, que falam sobre a coragem, a dignidade, o sofrimento, a luta contra a opressão, a fragilidade, o erguer-se na derrota, a perseverança, o sacrifício, o amor e a resiliência. Toda a grande literatura e a ficção, não importa de qual época e vertente, falam sempre dessas coisas. É com esse pensamento que eu acabei de ver o oitavo e último capítulo agora de The Nigth of, após tê-lo colocado para gravar faltando sua imprescindível meia hora final e tendo conseguido só hoje baixar o episódio inteiro. É tão genial e soberbo quanto a primeira temporada de True Detectives. Confesso que após o primeiro inesquecível episódio, cheio de silêncios e suspense, pensei que a série iria se implodir em um arremedo das velhas tensões e lugares comuns da televisão, disfarçado com a sofisticação da lentidão de uma ótima fotografia, e questionei o gosto de colocar o personagem de John Turturro (um ator sempre excepcional!) com uma característica repulsiva como a grotesca alergia desfigurativa. Mas a partir do quinto episódio, a obra assume status de obra-prima: é tudo soberbo, atuações, enredo, diálogos. E a última cena da temporada, a última cena, é belíssima e comovente. A grande série americana traz também uma marca registrada: consegue limpar a alma. Estou agora assepsiado pelo contato da grande arte.
Vou dar uma conferida nesta série. Não sei já assistiu mas recomendo que pesquise sobre uma série chamada: Mr. Robot. Muito boa também!
ResponderExcluirEu terminei de assisti durante essa semana, tenho muitas ressalvas, mas gostei de muita coisa. A composição do personagem do John Turturro é magistral, tanto na escrita, quanto no que o ator foi capaz de construir.
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