Valter Hugo Mãe disse que trocaria seus 7 livros por um filho. Cada filho é um universo diferente. Minha filha Júlia quase nunca me diz "eu te amo", por isso quando o diz, sempre apaixonada, quase me leva às lágrimas. No dia dos pais, seus colegas da escola escreveram nos cartões de presente "Eu te amo, papai", ela me escreveu "Papai é meu puxa saco". O Eric recolhe uma pedra do vaso de plantas que temos na sala e a leva à boca; dou-lhe uma reprimenda: "Na boca não!"; ele engatinha a relativa distância entre nós dois, e me entrega a pedra; eu lhe digo: "Você pode brincar com a pedra, só não a coloque na boca", mas ele abana a mão negativamente querendo dizer: "Não, meu chapa, fique com essa sua pedra, parece tão importante para você", e vai se ocupar com outras coisas. Essa foto foi tirada pela Dani às 5 da manhã de hoje. O Eric acordou às 3 da madrugada e se recusava a dormir, e eu o trouxe à sala, embalei-o entre minhas pernas ao som dos Brandenburgo. Quando a Dani nos viu, ambos já estávamos afundado no mais profundo sono, e no aparelho de som rolava Live Evil do Black Sabbath. Minha admiração por Valter Hugo Mãe cresceu, tanto que na lista das compras dos livros do próximo mês dois títulos dele estão agendados. Sim, Mãe, filhos são muito bons! A impressão é que esse anarquismo completo na ordem do dia (e da noite), é uma das coisas que mais conta nessa felicidade. Vou restabelecendo o contato duramente cortado para que se possa ler e escrever nessas horas inesperadas, em que são por total e irrevogável direito deles.
Estou lendo A desumanização, tomando goles de humanismo, a la mia couto.
ResponderExcluirVi uma palestra dele em Porto Alegre, um cara encantador. Contou a história uma história fantástica acontecida em sua vida, quando era menino. Sua família era católica com moderação, mas tinha uma tia bem carola. Quando ele teve uma enfermidade na pele, algo q não curava de jeito algum e por muito tempo o incomodara, foi esta tia o levou à capela de São Bento. Pediu q ele pedisse, com afinco e fé, q fosse curado. Naquela noite, Mãe rezou muito e acreditou como a mais inocente das crianças q as feridas desapareceriam na manhã seguinte. Quando acordou estava curado. Sua tia não podia acreditar.
Poxa,arbo,que história comovente...
ExcluirCoisas assim casam com a esperança
Eu vi isso mesmo, que ele tem uma parecença com o Mia. Ele me parece muito simpático.
ResponderExcluirA escrita de Valter Hugo Mãe é muito poética e com uma esperança nas pequenas coisas da vida, ou seja, na querença pelo próximo e na sua construção diária apesar das dificuldades do dia-a-dia. O seu modo de ver o mundo é cheio de fé na solidariedade humana.
ResponderExcluirA sua voz é bem representativa e marcante. Têm momentos que encontramos semelhanças com a escrita do Mario Benedetti.
Dá pra acreditar nisso? http://veja.abril.com.br/entretenimento/nobel-de-literatura-2016-vai-para-bob-dylan/
ResponderExcluir"dylan ganhar o nobel facilita pra galera porque a obra dele já vem toda naturalmente em audiobook"
ResponderExcluirdo twitter do joaoluisjr
http://charllescampos.blogspot.com.br/2012/09/bob-dylan-poeta-laureado.html
ResponderExcluir4 anos atrás...
Juro que não me lembrava!
ExcluirFoi a primeira coisa que lembrei quando vi a notícia do prêmio. Por isso não me espantei.
Excluir"Ainda que o mundo nunca deixe de estar de ponta cabeça e as ainda mais desmedidas sandices estejam sempre na iminência de acontecer, me parece bastante improvável que, apesar de Dario Fo, os juízes de Estocolmo cometam o desplante de arregaçarem as barras dos fardões, colocarem os pés por sobre a mesa, e ouvindo o revirar das garrafas de whisky vazias pelo piso dos salões da Fundação Nobel (ou assistindo a fumaça vestigial das substâncias mais ilegalmente odoríferas subindo pelos cinzeiros), decidam pegar a cédula ou seja qual método próprio de marcação de voto, e rabiscarem em consenso um "sim" do lado da foto de Dylan, enquanto acompanham em uníssono pelo MP3 a todo volume em cima de uma das veneráveis estantes de cedro (provavelmente a que sustem o busto de Hermann Hesse), o refrão "how many roads must a man walk down before you call him a man?"."
Excluircuriosamente, Dario Fo faleceu hj
Foi quase na hora em que eu e o milton estávamos nos falando nos comentários do face dele.
ExcluirO Olavo de Caralho é que vai gostar, já que abriram esse precedente, ele pode ganhar o nobel de física, já que ele é astrólogo e com uma obra vasta sobre o assunto, ou então algum iminente médico ganhe o prêmio de fisiologia pelos estudos homeopáticos.
ResponderExcluirHahahahahahaha
ExcluirEncomendei o nobel de literatura desse ano pra você, Charlles. Gostou?
ResponderExcluirSumido, cara!
ExcluirTô te lendo de um endereço de IP da Chechnya!
ExcluirGrande presença.
Vou parafrasear o que me disse certa vez, e espero que você não parafraseie o espanto com que te respondi: crie uma conta no Face pra gente se falar. (Nunca vou deixar de me achar em menor auto-consideração quando digo isso.)
ExcluirNão sou um vendido!
ResponderExcluirAi! Toma!
Tô saindo devagarzinho da minha reclusão. Meu próximo avatar será messiânico. Aguarde-me na Caros Amigos.
Essa sua fixação na decadente puta babilônica do twitter está te tirando do compasso da realidade. Acho que você retornará como ectoplasma em alguma antiga edição da Cadernos do Terceiro Mundo.
ResponderExcluirSempre fui um escapista à tradição Copperfield, amigo. O verdadeiro Copperfield, que fez a senhora estátua da liberdade desaparecer, não aquela chatura do Dickens.
ExcluirVoltarei a aparecer por aqui. A gente vai se falando. Aliás acho que te devo um email.
Comentarei os posts onde Ramiro não tiver escrito poesia.
Mantenha a compostura, homem! É bem recebido na casa e fala mal do homem que está no desenho do avatar do dono? Se algum dia perder essa estranha dignidade do não pertencimento (que abre larga concessão para o twitter e o instagram), e se render ao face, me fala. Aproveite que estarei lá por pouquíssimo tempo, antes mesmo do fim do ano. Acho que rolaria altos papos.
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