quinta-feira, 2 de julho de 2015

Objeto mais belo


15 comentários:

  1. Não sei o motivo, mas lembrei da capa de Never Say Die do Sabbath.

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    1. hahaha. E não é que parece? Com certeza os caras se inspiraram em Giorgio de Chirico.

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  2. Li esses dias. Começa meio parado, com um excesso de reflexões que hoje me parecem meio óbvias, e que talvez não fossem na época em que o livro saiu. Mas depois é excelente! Sagaz e divertidíssimo, apesar de meu favorito dele ainda ser O Falecido Mattia Pascal.

    A edição da Nova Prosa do Mundo é magnífica, o problema é que sempre vou lê-la comparando com a anterior, da qual tenho Schulz, Stevenson, Canetti, Beckett, Bábel e Krúdy, pra mim insuperável.

    Ah, o tradutor é Maurício Santana Dias, o mesmo do impecável A Amiga Genial, de Elena Ferrante.

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    1. O mesmo tradutor do volume das 40 novelas dele lançado pela Companhia das letras (também impagável!).

      Estou adorando. Vou atravessar o fim de semana lendo-o.

      Essa edição nova traz uma fita marca página estilosa, com a inscrição Prosa do mundo em relevo.

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  3. Vou tentar comprar o meu logo antes que acabe, muita gente compra esses livros da Cosac como enfeite de estante pois esgotam muito rápido, a propósito Charlles, essa edição das "40 novelas" vale a pena o investimento, pois eu também gostei muito "Mattia Pascal' e queria ler algo mais do autor?

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    1. Pirandello é, sem medo, um dos maiores contistas do século XX. Ontem reli o conto O outro filho, que está no volume das novelas, e fiquei embevecido. O cara começa o conto convencendo o leitor de determinada coisa, depois leva o leitor a conhecer novos personagens e novos pontos de vista da trama, e a gente acaba saindo da obra com uma dubiedade sobre as opiniões criadas quando nela entrou. Um mestre! Os contos dele são sublimes. Acho que acontece alguma rejeição lógica no pouco prazo contra os mestres que tem a audácia de dominarem plenamente mais que um gênero, pois Pirandello não merece esse certo ostracismo em que suas obras vivem. Ele foi mestre no conto, no teatro e no romance. Mas ao longo prazo, sua posição será restaurada, podecrê.

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  4. Há algum tipo de fetiche nosso com os livros né Charlles? Ontem mesmo eu recebi Absalão! Absalão e David Copperfield (nessas edições novinhas da Cosac) e fiquei babando olhando aqueles 'objetos'...é tudo tão caprichado... enfim, dá ainda mais vontade de ler. Falando na Cosac, você já leu Oblomov? O q acha?

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    1. É um deleite estético sem tamanho, Diego. Não li Oblomov, ainda.

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  5. Que Pirandello é esse que mostras, Charlles?
    Uno, nessuno, centomila é um dos meus livros prediletos.

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    1. Exatamente ESTE de qual falas, gajo.

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    2. Essa edição da Cosac tem o charme das capas da Hipgnosis do Led Zeppelin e do Pink Floyd, em que o fetiche se criava a partir do mistério de não haver menção alguma de nomes nas capas.

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  6. Um livro delicioso e aterrorizante. Descobri meu nariz torto por esses dias. Agora não há mais volta.

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    1. Passei anos, muitos anos, sem saber que um dos meus dentes incisivos estava quebrado. Só pude saber disso ao ver, francamente aterrorizado, um vídeo que minha esposa fez de mim sorrindo.

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