Gostaria de ser enterrado
com um saco de nozes
e novíssima dentadura.
Quando ouvirem o estalido
donde estou deitado
poderão deduzir:
É ele,
ainda ele!
(Günter Grass)
Quando o enterro passou Os homens que estavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto distraídos Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida Confiantes na vida
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta
Não sei de quem é a tradução.
ResponderExcluirMuito Bom! Onde eu clico pra curtir rss...
ResponderExcluirEu gosto muito deste aqui, de Bandeira:
Momento num café
Quando o enterro passou
Os homens que estavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta
Não conhecia. O tipo de obra que fica zanzando na minha mente por muito tempo.
ExcluirO cara é tão alemão que diz "uma saco"...
ResponderExcluirHahaha. Vou consertar.
Excluirlegal o escrito. ouça este tocado, charlles:
ResponderExcluirhttps://vimeo.com/126455758
Gostei, arbo. Já deve ter ouvido o Marcelo Perdido, né? Gostei muito também; lembra a (para mim) melhor fase do Caetano.
Excluirnunca ouvi esse Perdido. OVAREI.
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