tag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post7662445319915009770..comments2024-02-17T15:03:03.573-03:00Comments on charlles campos: 348 páginas charlles camposhttp://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comBlogger31125tag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-73529529668906985022012-12-26T16:16:33.848-02:002012-12-26T16:16:33.848-02:00Não tiraria uma linha sequer do 2666.Não tiraria uma linha sequer do 2666.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03689834242114164386noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-19211109704801050032012-12-23T21:39:21.495-02:002012-12-23T21:39:21.495-02:00Embora atrasado: gracias, Matheus... Embora atrasado: gracias, Matheus... Ramiro Conceiçãonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-3358625446012131352012-12-22T20:05:10.300-02:002012-12-22T20:05:10.300-02:00Noturno do Chile é, no meu ver, o melhor de Bolaño...Noturno do Chile é, no meu ver, o melhor de Bolaño. O chileno é um autor menor na literatura latino-americana, mas conseguiu o prodígio de fazer um grande romance que é o 2666. Li a resenha do Ernani do livro, e, definitivamente, não é o mesmo livro que eu li.charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-72134713574219612222012-12-22T19:53:19.883-02:002012-12-22T19:53:19.883-02:00A beleza brasileira é mais retada que a americana....A beleza brasileira é mais retada que a americana. O dobro de vezes! Aos setenta! Pode ver que ele toma dois copos de pinga por dia (meu avô o faz, aos 87, tendo começado aos 15). <br /><br />Comecei a ler 2666 exatamente para dar uma descansada do Ulisses. Não terminei o Bolaño. Na verdade, só li a primeira parte. É muito instigante, e se lê sem parar, à toda velocidade. Espero que o resto do livro mantenha ao menos a qualidade. E devemos nos lembrar que é um livro inacabado. Talvez o Bolaño teria cortado alguma coisa, como Tolstoi fez com o Khadji-Murat, que, dizem, tinha umas 2000 páginas (!!) em sua primeira versão. <br /><br />Noturno do Chile, por outro lado, é uma obra-prima difícil de ser superada, em sua obra. E só tem 119 páginas, se não me engano. Paulohttp://raviere.wordpress.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-54919304112016785652012-12-22T19:47:51.311-02:002012-12-22T19:47:51.311-02:00O aperitivo, o momento de convivência do dia no Es...O aperitivo, o momento de convivência do dia no Espaço de Recreação, estava amenizado com um pouco de música. Essa tarde, três tipos tocavam o tam tam para uns cinqüenta presentes que se mexiam agitando os braços em todas as direções. De certo se tratava de danças da colheita, que se haviam praticado em algumas oficinas de danças africanas. Quase sempre, ao cabo de algumas horas, alguns participantes caíam ou fingiam cair em um estado de transe. Em sentido literário ou obsoleto, o transe designa uma inquietude muito profunda, o medo ante a idéia de um perigo iminente. "Prefiro jogar a chave por debaixo da porta antes de seguir vivendo transes semelhantes" (Emile Zola).<br /><br />Bruno ofereceu um copo de vinho de Charentes à católica. "Como te chamas?", perguntou. "Sophie", respondeu ela. "Não danças?", perguntou ele. "Não", respondeu ela, "As danças africanas não são as minhas preferidas, são demasiado..." Demasiado o quê? Ele compreendia o seu problema. Demasiado primitivas? Claro que não. Demasiado rítmicas? Já estava quase no limite do racismo. Era óbvio que não se podia dizer nada sobre aquelas porcarias de danças africanas.<br /><br />Pobre Sophie, que queria fazer o melhor possível. Tinha uma cara bonita, com seu cabelo negro, seus olhos azuis e sua pele tão branca. Devia ter uns peitos pequenos, porém muito sensíveis. Devia ser bretã.<br /><br />"És bretã?" perguntou. "Sim, de Saint Brieuc!", respondeu ela, alegremente. "Mas adoro as danças brasieiras...", emendou, evidentemente para se perdoar por não apreciar as danças africanas.<br /><br />Isso bastou para exasperar Bruno. Já estava farto daquela estúpida mania pró brasileira. Por que o Brasil? Pelo que ele sabia, o Brasil era um país de merda, povoado por brutos fanáticos por futebol e corridas de carros. A violência, a corrupção e a miséria chegavam ao céu. Se havia um páis odioso era precisa e especificamente o Brasil.<br /><br />"Sophie", exclamou Bruno com arrebatação, "Poderia ir de férias ao Brasil. Passearia entre as favelas, em um ônibus blindado. Observaria os pequenos assassinos de oito anos, que sonham em chegar a chefes; as pequenas putas que morrem de AIDS aos treze anos. Não teria medo, porque a blindagem me protegeria. Isso, pelas manhãs; às tardes iria à praia entre riquíssimos traficantes de drogas e gigolôs. Em meio a essa vida desordenada, no meio de tanta urgência, esqueceria a melancolia do homeme ocidental. Sophie, tens razão: assim que voltar, vou pedir informação em uma agência da Nouvelles Frontières."<br /><br />Sophie se virou olhando com cara pensativa e um vinco de preocupção na fronte. "Deves ter sofrido muito", disse ao final, com tristeza.<br /><br />"Sophie", voltou a exclamar Bruno, "Sabe o que Nietzsche escreveu sobre Shakespeare? 'O que esse homem teve de sofrer para ter a necessidade de bancar o palhaço! Shakespeare sempre me pareceu um autor hipervalorizado; mas ainda assim, um palhaço notável'." Se interrompeu e e se deu conta com assombro de que estava começando a sofrer de verdade.<br /><br />As mulheres, às vezes, eram tão amáveis... contestavam a agressividade com compreensão, o cinismo com doçura. Que homem se portaria assim? "Sophie, eu quero chupar a tua xoxota...", disse com emoção; mas desta vez ela não lhe olhou. Havia se voltado ao monitor de esqui que esfregou sua bunda três dias antes e havia começando a conversar com ele.<br /><br />Bruno ficou desconcertado alguns segundos; logo cruzou de novo o gramado em direção ao apartamento.<br /><br />(Partículas Elementares, 1998)<br />Matheus T. Lopesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-63124417289792188282012-12-22T19:46:49.236-02:002012-12-22T19:46:49.236-02:00— Tenho como pagar uma puta por semana. Sábado à n...— Tenho como pagar uma puta por semana. Sábado à noite, seria ótimo. Talvez eu acabe por fazer isso. Mas sei que alguns homens podem ter a mesma coisa gratuitamente, e além disso com amor. Prefiro tentar. Por ora, prefiro tentar.<br /><br />Não pude, claramente, responder-lhe nada, mas voltei pro hotel bastante pensativo. Realmente, eu me dizia, em nossas sociedades o sexo representa, clara e abertamente, um segundo sistema de diferenciação, completamente independente do dinheiro; e se comporta como um sistema de diferenciação no mínimo tão impiedoso quanto o outro. Os efeitos desses dois sistemas são, de resto, estritamente equivalentes. Assim como o liberalismo econômico sem freios, e por razões análogas, o liberalismo sexual produz fenômenos de pauperização absoluta. Alguns transam todos os dias; outros, cinco ou seis vezes na vida, ou nunca. Alguns transam com dezenas de mulheres; outros, com nenhuma. É isso que se chama de 'lei de mercado'.<br /><br />Num sistema econômico em que a demissão é proibida, cada um consegue, de um jeito ou de outro, encontrar o seu lugar. No sistema sexual em que o adultério é proibido, cada um consegue, mal ou bem, encontrar o seu parceiro de cama. Num sistema econômico totalmente liberal, alguns acumulam fortunas consideráveis; outros chafurdam no desemprego e na miséria. Num sistema sexual totalmente liberal, alguns têm uma vida erótica variada e excitante, enquanto outros estão reduzidos à masturbação e à solidão. O liberalismo econômico é a extensão do domínio da luta, a sua extensão a todas as idades da vida e a todas as classes da sociedade. No plano econômico, Raphaël Tisserand pertence ao campo dos vencedores; no plano sexual, ao dos vencidos. Alguns ganham nos dois campos; outros, perdem em ambos. As empresas disputam alguns jovens diplomados; as mulheres alguns rapazes; os homens disputam algumas garotas; a confusão e a agitação são enormes."<br /><br />(A Extensão do Domínio da Luta, 1994)<br />Matheus T. Lopesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-35699948613829573612012-12-22T19:34:40.824-02:002012-12-22T19:34:40.824-02:00Pô, vai parecer que eu não faço nada além de ficar...Pô, vai parecer que eu não faço nada além de ficar de frente para o computador. Liguei-o agora e vi o seu comentário. charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-47861482623620702812012-12-22T19:33:38.870-02:002012-12-22T19:33:38.870-02:00Sei lá, Matheus, também estou cheio de Bolaño. Com...Sei lá, Matheus, também estou cheio de Bolaño. Comprei essa briguinha sem consequências com o Ssó, sei eu lá porquê.<br /><br />Vou ter que ler o francês.charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-85959342389699919332012-12-22T19:31:43.952-02:002012-12-22T19:31:43.952-02:00Ah! É que eu estava procurando no post inteiro, po...Ah! É que eu estava procurando no post inteiro, por isso não achava. =)Matheus T. Lopesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-7127792017232310172012-12-22T19:29:31.221-02:002012-12-22T19:29:31.221-02:00Bah, concordei com o Ramiro. É a magia do Natal! (...Bah, concordei com o Ramiro. É a magia do Natal! (Brincadeira, cara).Matheus T. Lopesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-50980359384884384562012-12-22T19:20:20.937-02:002012-12-22T19:20:20.937-02:00http://www.sul21.com.br/jornal/2012/12/moby-dick-e...http://www.sul21.com.br/jornal/2012/12/moby-dick-e-a-violencia-como-prazer/Caminhantehttps://www.blogger.com/profile/02517577097349114098noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-73770877448802817462012-12-22T19:05:38.310-02:002012-12-22T19:05:38.310-02:00Meu, cês tão falando do que? *Intrometido* Obrigad...Meu, cês tão falando do que? *Intrometido* Obrigado.<br /><br />---<br /><br />Não li e já não gosto do Bolaño. Tudo que leio sobre ele me deixa mais desanimado e com uma centopeia pra trás. Sei, examinar pelos olhos de outros é uma coisa, avaliação pessoal outra, mas já não o SUPORTO. Sua imagem, sua cara de professor acadêmico de Universidade Federal, pau no cu desse chileno. Me deu vontade de dizer, sem nenhum sentido, nenhuma conexão (eu acho), só por dizer mesmo, e já faz uns dias, que Houellebecq é demais e muito melhor. Pau no cu do Bolaño.<br /><br />Matheus T. Lopesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-21024025493976242322012-12-22T14:20:51.539-02:002012-12-22T14:20:51.539-02:00Pois é! Viu, em três linhas, você disse, não dizen...Pois é! Viu, em três linhas, você disse, não dizendo, toda a complexidade do amor humano...<br /><br />PS.: Charlles, vou parar, nessa discussão, por aqui. Preciso sair...Ramiro Conceiçãonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-44990796335536397122012-12-22T14:14:05.727-02:002012-12-22T14:14:05.727-02:00Hahahaha. Tava esperando aqui a sua resposta...
M...Hahahaha. Tava esperando aqui a sua resposta...<br /><br />Me fez lembrar quando fui atrás de meu pai em 1992, quando abandonei faculdade e atravessei 3 mil quilômetros de ônibus, carona e barcos, até chegar a um povoado de casas de madeira rústica chamado São Miguel aonde enfim o encontrei. Havia lá um porteiro da escolinha que a comunidade improvisou para dar aulas às suas crianças, e esse senhor de 70 anos dizia que batia duas punhetas por dia, estoicamente.<br /><br />Só não podemos responder aquilo que o personagem de Kevin Spacey respondeu quando foi flagrado pela esposa: "Esse é o melhor momento do meu dia".charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-13010826240181700802012-12-22T14:04:51.233-02:002012-12-22T14:04:51.233-02:00Mas,Charlles, qual é o problema em bater punheta e...Mas,Charlles, qual é o problema em bater punheta em segredo?<br /><br />Não é melhor do que tramar o genocídio de um povo, ou o assassinato de crianças inocentes?<br /><br />Charlles, além de trepar, você não bate punheta?<br />É estranho, muito estranho... Talvez a explicação esteja no Bolaño!...Ramiro Conceiçãohttp://www.grindelwald.com.br/ramiro/index.htmlnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-63407902148517964692012-12-22T13:42:16.967-02:002012-12-22T13:42:16.967-02:00Ramiro, tive a iluminação! Você enfim me convenceu...Ramiro, tive a iluminação! Você enfim me convenceu! Vou rasgar todos os meus livros e nunca mais vou perder tempo com essas porcarias. Só vou acreditar naquilo que me basta numa superfície muito tênue de experiência ótica, vinda de programas de televisão e resumos claros sobre a situação do mundo. E vou bater punheta em segredo assistindo vídeos pornôs pela net.<br /><br />Heehehhehehehe. Acabei contigo agora, hein, hein...charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-12582630085661285272012-12-22T13:39:35.955-02:002012-12-22T13:39:35.955-02:00Gracias, Caminhante...Gracias, Caminhante...Ramiro Conceiçãonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-34388101479565940482012-12-22T13:28:42.513-02:002012-12-22T13:28:42.513-02:00Complementando: como não sou hipócrita; às vezes, ...Complementando: como não sou hipócrita; às vezes, utilizo o Google para ver uns clips pornos... Mas não sou tão estúpido a ponto de comprá-los. Sou apenas um pouquinho estúpido.Ramiro Conceiçãohttp://www.grindelwald.com.br/ramiro/index.htmlnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-39581996510013612572012-12-22T13:16:15.197-02:002012-12-22T13:16:15.197-02:00Isso! Faço minhas as tuas palavras.Isso! Faço minhas as tuas palavras.Caminhantehttps://www.blogger.com/profile/02517577097349114098noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-8212349641769170772012-12-22T13:04:47.484-02:002012-12-22T13:04:47.484-02:00“Conhecer a realidade pelo Google!”
Charlles, nã...“Conhecer a realidade pelo Google!” <br /><br />Charlles, não disse exatamente isso. No meio do segundo parágrafo, do meu comentário, há um “SE”. E, portanto, tudo no referido período está no condicional. SE, de fato, as trezentas e tantas páginas do Bolaño são uma sequência de minúcias, torturantes, quase intermináveis, sobre até onde a violência humana pode chegar: caro Charlles, dispenso tal leitura, pois já tenho conhecimento suficiente até que ponto o ser humano é erudito sobre tal tema. <br />Quanto ao Google: é apenas um instrumento a mais, disponível, ao conhecimento; o que importa na realidade, como quase tudo nessa vida, é QUEM está utilizando-o e, principalmente, para qual objetivo. Utilizo o Google tal qual uma calculadora: o que importa, efetivamente, é se os cálculos que estou a fazer representam uma determinada realidade de interesse diante de mim. Outro exemplo é o Excel: pode ser utilizado como uma planilha de custos para otimizar um prostíbulo; porém, pode ser utilizado para resolver numericamente uma integral que representa um complexo fenômeno físico-químico.<br /><br />PS.: um excelente tema de pesquisa no Google: “métodos de tortura elaborados pela Santa Madre Igreja no período da inquisição”. Boa pesquisa a todos!<br />Ramiro Conceiçãohttp://www.grindelwald.com.br/ramiro/index.htmlnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-61463374574066186442012-12-22T11:58:22.224-02:002012-12-22T11:58:22.224-02:00Conhecer a realidade pelo Google! Dissestes tudo. ...Conhecer a realidade pelo Google! Dissestes tudo. Há algo de experiência pragmática genuína "conhecer" atravessando 300 páginas de atenção sinestésica, aos poucos policiando-nos quanto nossa própria indiferença. Só sabe quem é despertado em certo sentido por essa interação ativa. Uma grande obra de arte nos molesta, nos atormenta e faz sofrer, inclusiva com o tédio. charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-80132321333564193082012-12-22T11:53:04.579-02:002012-12-22T11:53:04.579-02:00Essa discussão que o Ernani levanta, Charlles, é a...Essa discussão que o Ernani levanta, Charlles, é a nossa velha e interminável sobre Ulisses... <br /><br />Não li a obra do Bolaño mencionada, mas se é exatamente como o Ernani diz, então, meu amigo goiano, não tenho a menor dúvida de que, se ler 2666, um fastio irá brotar em mim. Não necessito de trezentas e tantas páginas descritivas sobre a violência mexicana, pois já a conheço a exaustão: basta acompanhar com cuidado o que está a acontecer há décadas naquele país; outro exemplo é o Haiti ou, ainda, a Colômbia; não necessito de nenhum autor a relatar-me o caos em tais países: ora, basta uma olhadela nas “imagens do Google”, “carâmbolas!”, a carambola pertence ao jogo de bilhar: não é preciso carambolar trezentas páginas para concluir o óbvio.<br /><br />Essas reflexões me fazem lembrar dos filmes do Glauber: uma tremidinha aqui outra acolá se aguenta, mas um treme-treme geral – haja saco! Nunca consegui ver um filme inteiro do baiano: vou adormecendo durante; quando acordo o bicho tá no fim; assim tive que assistir muitas vezes a muitos filmes para poder conhecê-los – haja sono!<br /><br />Por outro lado, existe o método da exaustão que consiste em se encontrar a área de uma figura inscrevendo-se nela uma sequência de polígonos cuja soma das áreas converge para a área da figura desejada. Bem, isso é coisa de matemáticos, não de cineastas e muito menos de escritores.<br />Ramiro Conceiçãohttp://www.grindelwald.com.br/ramiro/index.htmlnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-67695845407722142462012-12-22T09:23:11.639-02:002012-12-22T09:23:11.639-02:00Você está certo sobre meu desgosto, ou futuro desg...Você está certo sobre meu desgosto, ou futuro desgosto, mas não é exatamente da forma como você pensa. Aqui e ali apareciam comentários idiotas no meu blog no seu antigo endereço, coisas que eu nem ao menos comentava ou simplesmente não aprovava. Como o sujeito que disse que eu faço sociologia de buteco, o que um amigo disse que foi um elogio (involuntário) e eu adotei. <br /><br />Perceba que o meu blog não tem comentários, aquele comentário foi feito no Sul21. Eu posso (já vi nas configurações) deixar o meu blog sem comentários, mas nada posso fazer sobre aquela área comum. O que me preocupa muito é a transferência do CDiurno. No PorFora tudo bem ler idiotices, mas no meu blog pessoal é diferente. Tenho pensado sobre isso.Caminhantehttps://www.blogger.com/profile/02517577097349114098noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-77682753510580918612012-12-22T01:39:45.787-02:002012-12-22T01:39:45.787-02:00Confesso a você que estou bem aqui. Preparar um te...Confesso a você que estou bem aqui. Preparar um textinho destes que aparecem por aqui, com todos os seus defeitos e falências, mas com uma energia pura e convicta, e ver neguinho usando a linguagem cifrada, preguiçosa e idiotizada da net, te sentando o pau nos comentários _ gente estúpida com quem a graça divina te deu o direito de não precisar conversar ou ouvir no dia a dia real_ não é, em definitivo, a coisa que eu pretendo com um blog. E ter que dividir algo sobre Faulkner e Bellow com um comercial de margarinas ou título de capitalização aparecendo nas beiradas da página, ou um astrólogo que vai te dizer o que você foi em uma encarnação passada. Eu iria pedir as contas na primeira semana.charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-3324376019931135992012-12-22T01:32:18.590-02:002012-12-22T01:32:18.590-02:00Uma coisa é não gostar do livro, outra se basear e...Uma coisa é não gostar do livro, outra se basear em conceitos equivocados para "desconstruir" tal livro. Não gostei de Detetives Selvagens, do Bolaño, apenas porque o romance não me agradou, mas vi ali o que os que gostaram dizem que tem.<br /><br />A propósito, todos os dias me lanço a escrever sobre a chatice na literatura, baseado em uma coisa que li da Susan Sontag, mas não consigo. E penso em você, em tudo que você acha de chato em Ulisses, Moby Dick e por aí vai. Sontag desbanca os critérios de "chatice" usados nas diversões massificadas, afirmando o que eu sempre achei, que tais critérios não podem ser usados para avaliar o prazer da leitura. A maioria dos grandes livros seriam chatos. <br /><br />(P.S.: estava vendo a caixa de comentários em seu novo antigo blog transfundindo, o cara que te sacaneia com a Martin Claret, rindo e pensando: até quando a Fernanda vai aguentar. A qualquer momento ela chuta o balde e fecha definitivamente os comentários. A coisa daqui por diante só tende a piorar. E depois você me pergunta por quê.)charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.com