tag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post1132027466574618620..comments2024-02-17T15:03:03.573-03:00Comments on charlles campos: O Anti-Rousseau e o Bullying em Dois Romances Inglesescharlles camposhttp://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-56504151388870553542011-05-03T13:37:19.197-03:002011-05-03T13:37:19.197-03:00Eu diria que não devemos (...) a propensão (e a pr...Eu diria que não devemos (...) a propensão (e a pretensão) do juízo.<br /><br />Isso é uma meneira de dizer que, diante do acima, eu fico por baixo e quietinho.marcos nuneshttp://rachelsnunes.blogspot.com/noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-17234927071313702132011-05-03T09:54:29.433-03:002011-05-03T09:54:29.433-03:00Pô, Fernanda! Assim não tem como falar sério.
Hah...Pô, Fernanda! Assim não tem como falar sério.<br /><br />Hahahahahahhahaha!charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-14518937389121119062011-05-03T09:50:23.738-03:002011-05-03T09:50:23.738-03:00Concordo com seu belo comentário, Rachel. Ninguém ...Concordo com seu belo comentário, Rachel. Ninguém melhor que uma professora para expressar uma opinião coerente sobre o assunto. Já fui professor de escola pública durante dez anos, no tempo em que era universitário. Vivi cenas de atentado moral e físico de aluno contra aluno, bulinação de aluno com aluna, e uma série de outros bullyings sobre o qual a regra da diretoria era fazer vista grossa e não interceder. O bullying mais cruel são os próprios professores que fazem pela conivência. Lembro bem que um aluna da quinta série (ela deveria ter 17 anos, porém), veio confessar para mim, que na época tinha bastante paciência e humor para essas arenas de expurgação que são as salas de aula, que havia tido um diagnóstico de câncer no nervo da perna direita, que o médico havia dado duas opções, que era a cirurgia em que essa belíssima menina ficaria manca, ou a evolução da doença se a vaidade contasse mais alta. Ela não havia tido coragem de pedir opinião aos pais nem ninguém. Aconselhei-a firmemente a fazer a cirurgia, daí ela desapareceu do colégio e nunca mais a vi.<br /><br />Havia casos em que alunas me perguntavam se só se engravidariam se ela e o parceiro chegassem juntos ao orgasmo, no ato sexual. Garotos que eram tão empobrecidos intelectualmente pela afasia dos pais e dos professores, que não achavam que mereciam o conhecimento, que declaravam que seus destinos eram ou a marginalidade aventureira ou serem empacotadores de supermercado.<br /><br />Eu era_ modéstia à parte_ um bom professor, e cativava esses alunos. Fui eleito simultaneamente nos 3 colégios em que dava aula como o melhor professor, pelos alunos. Mas não dava mais. Esses dias um amigo de trabalho pediu minha opinião sobre o que fazer pois seu filho de cinco anos estava chegando com hematomas todos os dias da escola particular. Eu lhe disse o que EU faria: chamaria a polícia e abriria um processo contra a diretora, a professora, e o responsável pelo aluno espancador. Simples assim. Creio que a exposição do assunto, a punição dos culpados, evita o surgimento de assassinos vingadores. Além da teoria, nesses casos o Estado deveria intervir. É isso que eu penso.charlles camposhttps://www.blogger.com/profile/12363567899344033584noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-19722341301199465222011-05-03T09:48:03.230-03:002011-05-03T09:48:03.230-03:00http://www.sensacionalista.com.br/?p=4828http://www.sensacionalista.com.br/?p=4828Caminhantehttps://www.blogger.com/profile/02517577097349114098noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4288430065630087860.post-9673454859837660682011-05-03T08:44:13.103-03:002011-05-03T08:44:13.103-03:00Eu diria que não devemos (embora possamos) utiliza...Eu diria que não devemos (embora possamos) utilizar da literatura como "referência" para examinar problemas humanos que são mais bem estudados no campo médico, embora com as insuficiências e carências de praxe. <br /><br />A literatura é um campo específico de "saber" que se elabora a partir de "não saberes", de percepções forjadas em múltiplas disciplinas, sensibilidades e educações, mas não tem como dizer "a verdade" ou examinar "cientificamente" alguém como o rapaz de Realengo, cuja reação se deve a uma mixórdia de fatores não coordenados, inclsuive (mas não só) por ele mesmo. <br /><br />Podemos entender, assim, o "perdão" extensivo do personagem literário Jesus Cristo à humanidade como algo bem simples: independentemente dos horrores que possamos perpetrar, a morte rompe com qualquer sentido de hierarquia e, como, no longo prazo, estaremos todos mortos, qualquer ódio é inútil, todo ressentimento se perde nos séculos e toda revolta encontra o mesmo pouso ao lado da conformação; o sangue nos une de várias maneiras, exprime nossa culpa e nossa pungente materialidade. Feito o mal, cabe-nos o registro e o combate; nenhuma vingança consola, nenhuma justiça secular satisfaz, pois queremos o que não temos e paradoxalmente nos dá sentido, que é a eternidade e, por pensarmos a partir dessa crença na eternidade, achamos que podemos deixar mais do que pálidos exemplos aos nossos contemporâneos, mas isso não é verdade, o que podemos é tão pouco que é quase nada. <br /><br />Penso, então, que, o rapaz de Realengo, não revelado e impossível de compreender, nos faz compreender mais os que vivem após dele e não conseguem perceber que seus atos "significativos" eram apenas isso, significâncias de alguém que, talvez por ter secreta consciência de sua insignificância, reforçada ainda pelos maus tratos recebidos, lutou contra ela remetendo-se a exemplar único de uma revolta que procurou o desdobramento da eternidade, mas todos seus pressupostos eram tão ruins que tudo que ficará dele será recomposto em dados estatísticos para uso das próximas gerações, até que todos sejam esquecidos, ele e as próximas gerações. <br /><br />Isso tudo, é claro, é triste, mas não infinitamente triste. A medida que temos de nós mesmos é muito maior do que deveríamos ter; talvez a literatura seja, tão somente, o sintoma dessa nossa doença ontológica: a propensão (e a pretensão) do juízo.Rachel Nunes, professorahttps://www.blogger.com/profile/00800904946925272408noreply@blogger.com