sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Nesta sexta-feira desterrada do infinito


8 comentários:

  1. Acho que é a primeira vez que vejo o Corea por aqui. Mais que merecida essa lembrança. Um maestro! Tanto nas bandas acústicas como nas bandas elétricas.
    Return to Forever é esplêndido pela exuberância e atrevimento.
    Meu favorito do Corea contudo continua sendo o Now he Sings, Now he Sobs, cujo título inclusive remete a uma frase do Daodejin... do Corea na sua fase mais mística...
    Já escutou esse?

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    1. Estou meio sem tempo para escrever um post aqui no blog, por isso fiz a coisa ordinária de retirar a última frase do post do True Detective em que prometia meio assim um texto sobre essa série neste sábado. Mas minha mente não para e, ao mesmo tempo que faço outras coisas, fico pensando em alguma fofoca ou anedota para esse espaço. Ontem, à noite, após ouvir mais uma incansável vez esse álbum magnífico do Corea, pensava em escrever sobre minhas impressões dele e de uma cantora pernambucana chamada Alessandra Leão. Acaba que vou escrever male male aqui neste comentário:

      Do Chick, conhecia os trabalhos com o Miles, de forma que nunca soube ao certo a quem atribuir a autoria daquele toque de teclados estilo "atmosférico com cutucadas", estilo do qual adoro: não sabia se era uma invenção do Hancock, ou se do Zawinul, ou do Larry Young, ou do Corea, esses quatro responsáveis pela construção do fusion nos três discos antológicos do Miles. Agora ouvindo Return to Forever (o álbum), percebi a quem atribuir cada filho: o Hancock, o funk; o Zawinul o lance progressivo-psicodélico; e sendo do Corea esse traço principal, essa linha sincopada, visual (me lembra o abstracionismo dos quadros de Pollock, e os quadros do Miró).

      Tinha uma cisma contra o Corea pela pura discriminação do cara ser cientologista. Besteira da minha parte. Conhecia o álbum ao vivo dele com o Hancock, que é ótimo, mas nada especificamente.

      Daí me chegou às mãos esse álbum do post, já há um mês. E não consigo largá-lo. Estou hipnotizado por ele. Até na esteira na academia fico ouvindo ele. Estou obcecado por What game shall we play today, com a cantoria fina da extraordinária Flora Purim...

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    2. ... uma música delicadíssima que me encantou profundamente. E que musica de encerramento aquela, Sometime Ago!! Uma obra-prima! E o envolvimento progressivo da segunda faixa, com o grito estarrecedor da Flora lá pela metade? Parece o Pink Floyd. É realmente extraordinário. De forma que tentei ouvir os outros álbuns, da então formalizada banda subsequente Return to Forever, mas ainda não estou preparado para eles, limitando-me a re-ouvir apaixonadamente este álbum. Agora mesmo abrirei um vinho, e toma o disco de volta no aparelho.

      Estes dias estava lendo os ótimos textos da Caminhante, que passa por uma barra pesada que tem valorizado ainda mais o que ela escreve, e vi um post sobre Alessandra Leão. Nunca havia sequer ouvido falar. Procurei por todo o universo físico e virtual, após ouvir o álbum indicado no SoundCloud (https://soundcloud.com/alessandraleao/sets/folia-de-santo), mas não encontrei. Após ver que não havia para download, fui em várias lojas virtuais, mas nada. Consegui, como compensação, baixar um outro álbum da Alessandra, o Dois Cordões, e... foi uma nova paixão.

      Tem uma música intitulada Trancelim que tem deixado minha esposa preocupada. "Você está ouvindo de novo essa música?". Um dia em que estava sozinho em casa, me vi o quanto estava em uma pose de desamparo sentado diante o som, a cara triste, e o controle na mão, ouvindo pela milerdária vez "Trancelim". Todos aqui em casa já estão com a música na cabeça. Uma música que me arrebata, me revela lembranças de outrora, empoeiradas, me dá uma certa firma impressão de permanência e sábia juventude. Dessas coisas.

      E não se acha nada para comprar da Alessandra Leão. Nada! Vai entender, se é falta de ambição da moça, ou sei lá, a miséria de nosso mercado fonográfico. Ela nem se preocupa em disponibilizar o download, para garantir shows em todo o território nacional. E a moça é soberba, ela e o requintado conjunto de eruditos instrumentistas que tem.

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  2. Now he sings now he sobs com Miroslav Vitous e Roy Hanes
    https://www.youtube.com/watch?v=29WR8prMC7M

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  3. Tenho a ligeira impressão que o blog do Charlles tem "acontecido" mesmo ultimamente na "deep web"

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  4. Pois não se enganem, amiguinhos. Debaixo desse bom blog existe outro blog, só para os iniciados

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    1. Na verdade acho que é algo mais assim:
      https://www.youtube.com/watch?v=xUfYCfZsr9g

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  5. Que medo cogitar uma remota e estranhíssima possibilidade do Charlles Campos (que na _verdade_ TEM OUTRO NOME!11!!) ser um alter ego do Bruno Galera.

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